Via Jornal do Brasil
As ações da Petrobras se valorizaram na Bolsa, nos últimos dias, em cerca de 20%, em decorrência, segundo alguns, do reajustamento do preço do diesel, que estava bem abaixo de seu custo de produção.
A informação foi bem recebida por todos os brasileiros que, sendo acionistas ou não da empresa, identificam-na como expressão da soberania política e da competência técnica de nosso povo.
Mas nem todos receberam a notícia com esse otimismo natural.
Alguns analistas do mercado — atividade esotérica fundada em palpites, de vez que a economia não é ciência exata, e nem mesmo ciência — recomendaram aos investidores que não comprem ainda as ações da empresa, que mantenham “cautela”, porque os sinais de recuperação são ainda débeis.
Qualquer empresa séria está sujeita às oscilações da economia
Henry Ford, símbolo do empreendedor norte-americano, nunca se preocupou com o preço de suas ações em bolsa.
Não aceitava que qualquer um arbitrasse o valor de seus ativos, e se manteve à margem do mercado de capitais. Sua ojeriza pelos banqueiros é conhecida. Por isso, sempre mantinha reservas fortes em caixa.
Qualquer empresa séria está sujeita às oscilações da economia, hoje mais mundializada do que nunca. Mas o seu valor de mercado, se é que podemos fixá-lo, vai muito além das cotações em bolsa.
No caso da Petrobras, ele se encontra no solo e em nosso mar territorial, com as reservas conhecidas; nas refinarias, na produção de gás e, com muito mais fundamento, na grandeza do povo brasileiro que, há seis décadas, a criou, contra a aposta dos mesmos interesses que a negaram então e que continuam a negá-la hoje.
É assim que entendemos o título e o texto de matéria negativa de ontem, sobre o tema, no caderno de economia de um dos maiores jornais do país.
POSTADO POR GILSONSAMPAIO
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