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domingo, 14 de abril de 2013

Empresa holandesa assume consultoria do novo túnel; veja o projeto em vídeo


Simone Queirós
Créditos: Rogério Soares
Projeto terá concorrência até o fim do ano

A empresa Royal Haskoning DHV, a mais antiga companhia de engenharia da Holanda, será a corresponsável pelas obras do túnel imerso entre Santos e Guarujá – o primeiro da América do Sul. Com mais de 50 projetos de túneis imersos desenvolvidos pelo mundo, a empresa venceu a licitação no valor de R$ 12,5 milhões, para prestar consultoria ao projeto executivo da obra.

O contrato foi assinado quinta-feira na Dersa, em São Paulo – o que foi acompanhado com exclusividade por A Tribuna. Uma novidade é que a construção poderá contar com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o que talvez possa mudar um pouco o cronograma da obra.

A licitação internacional estava aberta desde julho do ano passado, um mês depois que teve início a execução do projeto executivo. Duas empresas concorreram à licitação, a holandesa Royal e outra dinamarquesa, COWI A/S. Houve recursos e a licitação acabou sendo finalizada somente no mês passado.


Segundo o presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, a contratação dessa consultoria é fundamental. “É importante para diminuir os riscos associados ao projeto. Estamos trazendo o 'irmão mais velho”.

Diretor da Royal HaskoningDHV, o holandês Anton van der Sanden afirma que a empresa tem experiência em vários países. O maior projeto em desenvolvimento atualmente é um túnel entre Alemanha e Dinamarca, com 90 quilômetros de extensão.
Créditos: Rogério SoaresA Holanda tem a maior parte de seu território abaixo do nível do mar e possui mais de 80 túneis submersos – pelo menos 15 dos quais desenvolvidos pela Royal.

A empresa já esteve presente no Brasil para prestar consultoria às obras do aeroporto de Viracopos. “Estamos muito satisfeitos em fazer este trabalho e ele vai acontecer. Não vamos desapontá-los. Temos bons especialistas, alguns dos melhores do mundo”.

Hans de Wit, especialista da empresa em túneis imersos, afirma que o maior desafio em Santos é que o túnel estará inserido em um canal portuário de intenso fluxo e em uma área urbana. Apesar da empresa nunca ter trabalhado em um projeto igual a este, já se deparou em outros lugares com algumas das características santistas. 

“Se olhar as condições de solo, já fizemos. Também já tivemos experiência em portos em Roterdã (Holanda) e na China. Toda essa expertise será trazida para cá”.

Hans afirma que a empresa já auxiliou, por exemplo, na construção de túneis de até 60 metros – o de Santos terá 21 metros. “Cada projeto é especial, porque há vários desafios a serem vencidos: técnicos, portuários, urbanos e em relação ao meio ambiente”.


Créditos: Rogério SoaresPrática 
Na prática, a consultoria vai auxiliar a Dersa a fazer uma análise crítica do projeto executivo. “E para nós seria uma grande dificuldade, porque não conhecemos a metodologia, inédita no Brasil”, afirma Laurence.

Harald Franke, consultor sênior, afirma que um grande efeito disso será a transferência dessa tecnologia aos técnicos brasileiros. Assim, no futuro, caso a Dersa venha a construir outro túnel, não precisará de consultoria. “Os técnicos da própria empresa terão condição técnica de fazer”, afirma Laurence. 

Prazo

Laurence estima que a licitação seja publicada no final deste ano, mas o cronograma poderá mudar, caso o BID seja o financiador do projeto. Já a execução da obra deve levar 36 meses. Ele salienta ainda que os impactos ao Porto de Santos estão sendo estudados, para serem os menores possíveis. 

“Uma das razões para a gente trazer essa consultoria é ter o mínimo de transtorno possível. Uma das coisas que eles vão nos ajudar é a escolher o tamanho das partes do túnel que serão afundadas”. Quanto menores essas partes, mais demorada fica a obra. Por outro lado, o processo causa menos transtorno aos trabalhos portuários.


FONTE: A TRIBUNA

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