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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Na reta final da campanha, Maduro reúne multidão de apoiadores no centro de Caracas

do Opera Mundi
Apoiadores de Maduro levantavam pequenos ônibus coloridos, de papel, em alusão ao antigo emprego do presidente interino (Efe).
Apoiadores de Maduro levantavam pequenos ônibus coloridos, de papel, em alusão ao antigo emprego do presidente interino (Efe).

Na frente da sede do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), no bairro 23 de Janeiro, cerca de 30 pessoas enrolavam cartazes e preparavam lanches. 

“Vamos ocupar Caracas”, gritava um dos membros do grupo. Logo, chegaram mais 10, 20, 100 pessoas, na medida em que os moradores do bairro caraquenho, conhecido pelo forte ativismo político, seguiam para a Avenida Sucre, a principal na região. 

Ali, as pequenas manchas de chavistas começavam a se aglutinar ao som de “Chávez vive, a luta segue” e “Chávez eu te juro, meu voto é pra Maduro”. 

No final da Sucre, um aluvião de gente chegava pelas vias que formam o centro de Caracas. “Somos milhões”, afirmou o venezuelano Rabin Azuaje, de 72 anos, com um sorriso de satisfação. 

“Há exatamente 11 anos tentaram nos anular de novo, como sempre fizeram, mas a história foi diferente, ainda estamos escrevendo este novo e lindo capítulo”, expressa Gloria Vives, de 45 anos. 

Ela afirma confiar na liderança de Maduro: “Meu comandante se foi, mas nós estamos aqui, e estaremos ao lado do próximo presidente da Venezuela”. 

“Não iremos eleger uma pessoa, um candidato. Vamos primeiro homenagear Chávez e depois depositar nossa confiança neste processo revolucionário”, argumenta Carlos López, de 35 anos, morador de Barquisimeto, no Estado de Lara. 

“Estamos passando pelo momento mais difícil de todos, que foi perder nosso comandante”, diz Maria Rosales, de 71 anos. “Mas como naqueles dias de abril, no domingo defenderemos nosso país e nosso comandante”, afirma a professora aposentada, enquanto carrega a neta, Cecília, de um ano, no colo. 

“Ela vai viver numa Venezuela melhor do que a que vivi”, complementa. 

O clima é de nostalgia. 

Enquanto chavistas portam bigodes falsos e camisetas de Maduro, as caixas de som tocam canções da campanha de outubro de 2012, que culminou na reeleição do falecido presidente, Hugo Chávez. 

“Faz só seis meses que estávamos aqui, rindo e cantando com ele. Chávez, sinto sua falta!”, grita Robert Álvarez, de 62 anos. Ele diz que irá votar no domingo pela continuidade do processo. “Isso aqui não depende de uma pessoa. Nós somos essa revolução”, afirma Álvarez. “Te garanto, Chávez mudou esse país. 

A Venezuela jamais voltará a ser o que era. Eu confio na revolução. Fomos nós que a iniciamos!”, diz, rindo, Manuel Valle, de 56 anos. 

Um mar vermelho de venezuelanos esperou sob um sol de 35 graus o candidato do chavismo, Nicolás Maduro. Dezenas de pessoas subiram em caixas d’água, postes de luz, telhados de prédios, para tentar obter uma visão melhor da concentração. 

“A sensação é a de que estou esperando meu comandante. Mas vou gritar e cantar da mesma forma por Maduro”, diz Ana Parra, de 20 anos, após rodopiar perto do palco com o namorado ao som de um grupo de salsa que se apresenta no palco. 

“É assim. Nós, venezuelanos, lembramos as pessoas que se foram com música”, explica ela, que estuda enfermagem em Guarenas, no Estado de Miranda. 

Trajeto 

“Vocês estão comigo?”, perguntou Maduro à multidão de apoiadores no início de sua campanha eleitoral, no Estado de Zulia. 

Depois de escutar um uníssono “sim” como resposta, o candidato do governo complementou: 

“Porque eu estarei sempre com vocês”. 

O presidente interino percorreu 22 Estados do país, na campanha mais rápida de sua história. 

Maduro chegou a Caracas enrolado em uma bandeira venezuelana e ao som do “toque de diana”, melodia tocada na madrugada dos dias de eleição, anunciando o início da jornada em que os venezuelanos irão às urnas. 

Apoiadores corriam para acompanhar a caravana que por quase duas horas percorreu as avenidas da capital. Eufórica, a multidão vermelha agitava bandeiras venezuelanas, pulava e acenava, levantava cartazes com a foto de Maduro, além de pequenos ônibus coloridos, feitos de papel, em alusão ao antigo emprego do presidente interino: motorista de ônibus. 

A caravana que levou Maduro ao palco montado na Avenida Bolívar durou mais de duas horas. Há diferença do ato de campanha do candidato opositor, Henrique Capriles, que lotou esta avenida no último domingo, Maduro pediu que os chavistas não lotassem apenas uma via, mas sete. 

“Chegamos a um ponto no caminho em que nunca tínhamos pensado estar. Enchemos sete grandes avenidas de Caracas”, afirmou o presidente interino, após atravessar a multidão. 

do Blog do Esmael

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