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quinta-feira, 26 de abril de 2012

CARTEL OU CORPORATIVISMO GOLPISTA - Globo, Abril e Folha se unem contra CPI da mídia

Principais grupos de comunicação fecham pacto de não agressão e transmitem ao Planalto a mensagem de que pretendem retaliar o governo se houver qualquer convocação de jornalistas ou de empresários do setor. 


O porta-voz do grupo na comissão é o deputado Miro Teixeira. 


Na Inglaterra, um país livre, o magnata Rupert Murdoch depôs na quarta-feira, dia 25. 




Há exatamente uma semana, o BRASIL 742 revelou com exclusividade que o executivo Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira. Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. 


Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Jr., ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. 


O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona. 


Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. 


João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S.Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. 


E este grupo já tem até um representante na CPI. 


Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT/RJ). Na edição de quinta-feira, dia 27, da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. 


Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo: 


“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”. 


O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. 


Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Jr. e Carlos Cachoeira. 


Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais. 


Inglaterra, um país livre 


Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. 


Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. 


Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo. 


Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram na manhã de quinta-feira, dia 25, o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. 


Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra – não na Venezuela – para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. 


Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. 


Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre. O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático. 


Postado por BLOG LIMPINHO E CHEIROSO 

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