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domingo, 13 de outubro de 2013

Bornhausen é acusado de lavar US$ 5 bi no exterior

Jorge Bornhausen, ao centro. Foto: Agência Brasil


Jorge Bornhausen, ao centro Foto: 
Agência Brasil 

O senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do Partido da Frente Liberal (PFL), será acusado amanhã pelo Ministério Público Federal de lavar US$ 5 bilhões nos Estados Unidos. 

De acordo com o site da revista Consultor Jurídico, os procuradores da República Luiz Francisco Fernandes de Souza, Raquel Branquinho e Valquíria Quixadá vão entregar nesta segunda-feira à Receita Federal, em Brasília, cerca de seis mil documentos sobre as 52 mil pessoas que lavaram US$ 30 bilhões em contas de bancos de Nova York a partir no caso Banestado. 

Ao todo, 150 auditores devem participar da análise dos documentos, no que pode encaminhar a autuação de traficantes, sonegadores, corruptos e políticos. 

O procurador Luiz Francisco disse à revista que o maior foco das investigações é a família de Jorge Bornhausen, "cujo banco familiar, o Araucária, lavou pelo menos US$ 5 bilhões nesse esquema". 

Luiz Francisco disse que, além da lavagem praticada por políticos com o dinheiro de sobras de campanha, há no esquema também a participação do narcotráfico e do tráfico de animais. 

Na lavagem de dinheiro, as quantias geralmente eram repassadas a "laranjas", que depositavam o dinheiro no Banestado, que remetia para um banco no exterior, depois para uma off shore da pessoa na Europa. 

O procurador defende a urgência de uma CPI para apurar o caso com mais rigor. "Há agora manobras do governo para que a CPI saia capenga, dai seja suspensa e vire pizza. 

Temos de ter uma CPI que dure seis meses, com a colaboração de dezenas de investigadores públicos. 

O governo, sobretudo o ministro da Justiça, está omisso. 

O ministro está moroso, persegue um delegado (José Castilho) que na verdade deveria ser condecorado. O delegado está sendo humilhado em praça pública, sofrendo um assassinato moral", defendeu Luis Francisco na Consultor Jurídico. 

As investigações Luis Francisco se referiu ao trabalho do delegado José Castilho Neto, da Polícia Federal, que foi aos Estados Unidos investigar de perto o esquema de lavagem de dinheiro. 

Ele e sua equipe tentaram esclarecer o envolvimento de empresários e políticos brasileiros na remessa ilegal de cerca de US$ 30 bilhões para o exterior por intermédio do Banestado, na chamada operação "Macuco". 

A investigação revelou que, entre 1996 e 1999, os US$ 30 bilhões passaram pela agência do banco nos Estados Unidos com destino a paraísos fiscais, denotando crimes de lavagem de dinheiro e evasão fiscal. 

O delegado disse que as investigações sobre a remessa ilegal podem chocar mais o país do que o impeachment do presidente Collor. 

Conforme Castilho, grande parte desse dinheiro foi enviada de Foz do Iguaçu por políticos e grandes empresários para uma agência do Banestado em Nova York. 

No entanto, Castilho Neto foi afastado do caso sob a acusação de prejudicar um acordo de cooperação entre Brasil e Estados Unidos, acusação por ele negada. 

O delegado garantiu ter descoberto a ponta do iceberg em investigação na agência do Banestado em Nova York, mas que precisa de apoio político para prosseguir com o trabalho. 

E afirma que a mudança de policiais nessa investigação poderá ser um fator de atraso para o esclarecimento do caso. 

A CPI e o governo Lula 

Os depoimentos dos delegados da Polícia Federal aumentaram o interesse dos deputados da Comissão de Segurança de instalar a CPI do caso Banestado. 

Falta ainda a indicação dos integrantes do PP, PCdoB e PDT para que ela comece a funcionar. 

A instalação esbarra também no receio do governo de que uma nova CPI prejudicaria a discussão das reformas tributária e da Previdência. 

No entanto, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Nelson Pellegrino (BA), descartou a possibilidade de o Planalto estar trabalhando contra a instalação da comissão. "Não houve recomendação para não instalar a CPI. Eu não recebi nenhuma recomendação para não indicar os membros (do partido para a comissão), nem fui procurado por nenhum líder partidário no sentido de fazer gestões para que a CPI não fosse instalada", disse na semana passada. 

Conforme Pellegrino, o governo não é contra a CPI, mas quer evitar que ela seja transformada "em palanque". 

Além disso, Pellegrino afirma que a intenção do governo no momento é informar à Câmara sobre o que já foi levantado pelas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. 

"O governo não é contra a CPI, mas achamos que não se pode fazer palanque porque CPI é coisa séria", disse.

Já o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, criticou o delegado José Francisco Castilho Neto. Ele havia culpado o Ministério pelo afastamento das investigações. Para Bastos, as declarações de Castilho Neto são "um pouco de delírio e de falta de equilíbrio".



POSTADO POR GILSONSAMPAIO

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