por Francisco Barreira
A imprensa inglesa já comenta, preocupada, que os Estados Unidos já não defendem, com a mesma firmeza, a posse da Inglaterra sobre as Malvinas.
Ao mesmo tempo, o governo britânico lamenta e estranha a recente decisão dos países membros do Mercosul de impedir a atracação, em seus portos, de navios de Sua Majestade com destino às ilhas.
Ao mesmo tempo, no fim da semana passada, o vice-presidente da Assembléia Popular da China, o equivalente aos legislativos das democracias ocidentais, reafirmou em Buenos Aires a oposição de seu pais a favor da reivindicação Argentina sobre as Malvinas.
A posição dos países membros do Mercosul, confirma e fortalece a atitude que já havia sido tomada pelo Brasil e pelo Uruguai. Quanto à “flexibilização” da diplomacia norte-americana em relação às Malvinas, isso se deve, provavelmente, ao fato de Washington não querer ficar em situação de isolamento em relação aos países da América do Sul que, não faz muito tempo, eram considerados mera extensão de seu quintal.
São novos e bons tempos de unidade e afirmação do nosso Continente (a Pátria Grande) e sobretudo é o tempo de dar um basta a qualquer resquício de colonialismo. Não importam as filigranas jurídicas ou diplomáticas. O fato político de valor tanto concreto como simbólico é o de que as Malvinas representam este resíduo maligno.
E tudo isso adquire sentido ainda mais concreto e prático, quando se sabe que o mar em torno das Malvinas esconde jazidas de petróleo, possivelmentemente tão grande quanto às do pré-sal brasileiro.
Os ingleses sempre se negaram, arrogantemente, a sentarem-se à mesa de negociações ou a permitir que a questão fosse levada à ONU, contando para isso com seu poder de veto (colonialista) no Conselho de Segurança da organização.
Mas, como dizíamos, os tempos são outros, onde o Brasil, o ex-primo pobre e trapalhão, acaba de suplantar o PIB da Inglaterra.
Só ainda não viram isso, a mídia nacional calhorda e incompetente, bem como a parte de seus leitores que ela consegue alienar e imbecilizar, a ponto de eles não conseguirem se libertar do velho complexo de vira-latas.
by Folha 13
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por respeitar este espaço livre e democrático e por comentar!