Dos 50 cirurgiões cardiovasculares cooperados da Unimed, 40 deles já entregaram suas cartas de descredenciamento. Os dados são da Cooperativa dos Cirurgiões Cardiovasculares do Paraná (Coopcardio) e mostram a insatisfação da categoria com a remuneração praticada pelo maior plano de saúde do Estado.
Segundo o presidente da cooperativa, Marcelo Freitas, os cinco médicos de Londrina, Arnaldo Akio Okino, Gualter Pinheiro Junior, Kengo Baba, Alexandre Noboru Murakami e Celso Otaviano Cordeiro já comunicaram sua decisão.
Segundo o presidente da cooperativa, Marcelo Freitas, os cinco médicos de Londrina, Arnaldo Akio Okino, Gualter Pinheiro Junior, Kengo Baba, Alexandre Noboru Murakami e Celso Otaviano Cordeiro já comunicaram sua decisão.
O desligamento ainda não se tornou oficial, pois a empresa tem o prazo de 30 a 60 dias para analisar a situação. Além disso, a Coopcardio continua as negociações, o que ainda pode frear a saída em massa.
No início desta semana, foi entregue a contraproposta dos profissionais à Unimed. "O ponto fundamental é que essa discussão aconteça em todas as unidades da Unimed. A gente precisa criar um mecanismo de abranger todas elas por conta das necessidades, das reivindicações dos cirurgiões que são as mesmas em todo o Estado", disse.
Além de defender que todas as praças da empresa absorvam o possível resultado das negociações, a luta pela recomposição salarial continua.
"O preço pago pela Unimed é bastante defasado em relação ao próprio SUS. Nós pedimos uma recomposição diferente para cada procedimento. Por exemplo, o de ponte de safena, que é o mais realizado, atualmente uma equipe de quatro ou cinco profissionais ganha R$ 1.200. O reajuste foi colocado em R$ 10.000 com escalonamento durante um ano e meio até chegar a R$ 15,000", explicou.
Freitas disse que os baixos preços praticados afetam inclusive a formação de novos profissionais. Segundo ele, nos últimos anos, o Ministério da Educação cortou 75% das bolsas de residência para a área, devido à baixa procura.
O Ministério Público continua acompanhando a negociação para garantir que o atendimento à população não seja paralisado, fato descartado pelo presidente da Coopcardio. "Independente de haver acerto ou não, o interrompimento não será feito.
Nosso rompimento é contra o sistema de remuneração", defendeu.
Sobre o sucesso de um possível acordo, Freitas é ponderado. "Depois de um ano e meio de silêncio, a coisa tomou rumo, mas dizer que existe uma convicção de acordo ainda não é possível", comentou.
Caso o descredenciamento em massa seja efetivado, é obrigação do plano de saúde garantir que o paciente seja atendido e tenha à disposição o procedimento cirúrgico.
Caso o usuário se sinta prejudicado, ele pode ligar para a Agência Nacional de Saúde pelo 0800 701 9656 ou denunciar o caso ao Ministério Público. O Diario
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