CUTUCANDO DE LEVE

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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DO QUE ENTENDE A IMPRENSA BRASILEIRA!NINGUÉM BATE O PIG NO QUESITO MONTAGEM

Imprensa brasileira afirma do que entende

Apresentação com multidões em perfeita harmonia e alinhamento só podem ser concebidas em ditaduras. Hitler continua sem o precursor.

Mas em termos de fantasia em terras pátris, a Rede Globo, depois da reportagens Bolinha de Papel, só perde para as evoluções das Escolas de Samba do Grupo A. Ninguém bate o PIG nacional no quesito montagem.

Imprensa brasileira afirma que TV norte-coreana montou “teatro” em funeral de ditador

Anderson Scardoelli

As imagens do funeral do ditador norte-coreano King Jong-Il ganharam o mundo e também tiveram repercussão na mídia brasileira.

O conteúdo produzido pela emissora estatal do país, mostrando as pessoas chorando a morte do líder, foi definido como teatro pelo SBT e pela Bandnews FM.

Na matéria exibida na edição de quinta-feira, 28, do ‘Jornal do SBT’, o âncora Rodolfo Gamberini afirmou que “muitos” viram as cenas do funeral como simples ação teatral.

“Foi uma cerimônia gigantesca, bem ao estilo dos velhos países comunistas, onde governantes são transformados em deuses. O silêncio era quebrado pelo choro que vinha da multidão estrategicamente filmada pela TV estatal”, afirmou o correspondente do canal em Londres, Sérgio Utsch.

Ter sido a última emissora brasileira a gravar uma matéria na Coreia do Norte, em 2006, foi o fato lembrado pelo SBT na matéria sobre o funeral do ditador que ficou à frente do governo por mais de 17 anos. O tema foi relacionado para lembrar que o país asiático é o “mais fechado do planeta”.

O SBT não foi o único veículo a classificar o funeral como teatro.

Na manhã desta quinta-feira, 29, o apresentador da Bandnews FM, Ricardo Boechat, também comentou sobre a despedida do povo norte-coreano ao ditador. O choro de inúmeras pessoas que estavam na capital Pyongyang – e divulgadas ao mundo – também foi definido pelo jornalista como algo forçado, interpretativo.