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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Jornalismo da Record amarelou para a Globo e perdeu audiência



Há uma enorme janela de oportunidade para a Record crescer


Jornalismo depende de credibilidade e o jornalismo da Globo está muito ruim e se expondo demais. Não apenas manipula, mas também está errando muito e deixando transparecer seu partidarismo demotucano com matérias confusas, elitistas, lobistas, com seletivismo nas denúncias, forçando destaque para assuntos irrelevantes, e está chato igual àqueles pessimistas azedos que as pessoas gostam de evitar. 


Até o telespectador conservador esclarecido não gosta de ser manipulado.


Basta a Record mesclar as notícias que todo telejornal deve dar com um contraponto honesto à Globo que tem uma avenida aberta para crescer.


Primeiro conquista a credibilidade que o Jornal Nacional–bolinha de papel perdeu. A audiência vem a reboque.


Infelizmente, a Record não está fazendo um jornalismo com pauta própria e de contraponto (raras exceções, como nos casos da privataria tucana e Ricardo Teixeira, mesmo assim há bochinhos falando em trégua com a CBF).


O noticiário da Record sobre as enchentes está seguindo a mesma pauta da Globo, apenas não está sendo golpista, mas está indo a reboque.


A Globo inventou a “crise do Contas Abertas” do Ministério da Integração mas, pelo menos, deu espaço ao contraditório nos dias seguintes.


O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB/PE), deu a resposta que quis no Jornal Nacional e se saiu muito bem com o discurso de que a competência de Pernambuco não pode ser punida (pela incompetência dos outros governadores, nas entrelinhas).


Em sua entrevista coletiva, o ministro da Integração foi editado na Globo – e mal editado, pois foi mostrado só resmungando, com a edição escondendo os argumentos objetivos de sua defesa. A Record poderia fazer uma edição honesta desta entrevista que ganharia pontos na credibilidade. Comeu mosca, e não fez.


O bom jornalismo nesta história quem fez foi o Fernando Brito, do Blog Tijolaço. Matou a cobra e mostrou a cobra morta, apresentando que o governador Geraldo Alckmin não recebeu dinheiro em 2011 porque demorou a se mexer.


Há uma pauta inexplorada da Globo reclamando de verbas “marretadas” na ONG Contas Abertas, que nem os governadores de oposição, que seriam os maiores afetados, reclamam. Até o Merval Pereira desmentiu o Jornal Nacional, em sua coluna, quando narrou um telefonema de Eduardo Campos:


O governador Teotônio Vilela, do PSDB, apoiou as obras porque beneficiam também Alagoas. O governador Antônio Anastasia, de Minas, também não reclamou porque sabe os problemas que Pernambuco enfrenta. E também Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, não acusou Pernambuco de estar sendo beneficiado por métodos escusos.


Isto é, nenhum governador de outros estados também afetados pelas chuvas, como Minas e Rio de Janeiro, reclamou de um suposto privilégio de Pernambuco: “O Anastasia não reclamou, o Sérgio Cabral não reclamou, o Teo Vilela apoiou. Eles sabem que não houve privilégios”.


E nem essa pauta a TV Record seguiu. Aliás, ela não tem seguido várias das boas pautas dos blogs pessoais dos próprios bons jornalistas que trabalham na casa.


A Globo não faz um jornalismo de serviço nas catástrofes, do tipo que salva vidas, como faz as emissoras de TV estadunidenses quando há furacões. A Record poderia estar fazendo e também não está.


Nem a Globo, nem a Record fazem reportagem sobre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais e como funcionam os sistemas de alertas. Só sabe que isso existe quem vê a TV Brasil ou a NBR (a TV do governo federal, que nem todos tem acesso, pois só está disponível em parabólica e TV por assinatura).


Tem havido pouco empenho da Record nas denúncias que envolvem governadores tucanos, a exemplo da venda de emendas na Assembleia Legislativa de São Paulo.


A Fundação Roberto Marinho é vidraça escancarada desde agosto de 2010, com a Operação Voucher da Polícia Federal, e só nosso blog foi atrás de procurar os indícios de irregularidades e acompanhar o caso.


É sabido que quando a Record abre fogo com denúncias contra os interesses da família Marinho, a Globo abre fogo contra Edir Macedo. Ambos saem perdendo em desgaste de imagem.


Fala-se muito em “acordão” no Congresso, acordão no governo, acordão PT–PSDB etc. etc.


Mas será que não existe nenhum acordão Globo–Record? Algum pacto de não agressão em determinados assuntos, que só é quebrado quando algo desanda?


Se for assim, então, como já perguntou Ricardo Kotscho – também jornalista da Record – “liberdade de imprensa para quê?”


Via Os amigos do presidente Lula


Postado por BLOG LIMPINHO E CHEIROSO

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