O regime tucano neofascista que vigora em São Paulo tem o total e completo apoio da Grande Mídia reacionária e golpista e isso acontece por vários motivos.
Um destes motivos é que a Grande Mídia recebe dezenas de milhões de reais anualmente em contratos sem licitação feitos pelo governo tucano de SP, principalmente na aquisição de milhares de assinaturas de jornais e revistas para serem oferecidas, por exemplo, nas escolas do estado.
Publicações como a Época, Veja, Folha, Estadão e IstoÉ são os maiores beneficiados por este verdadeiro Mensalão da Mídia. É um autêntico cala-a-boca dos tucanos na Grande Mídia. Eles dizem para a Grande Mídia algo como 'Olha, está aqui a grana que vocês queriam... Agora, nos defendam, senão a mamata acaba, ok?".
Já publicações como a CartaCapital, a Caros Amigos, o Brasil de Fato e a Fórum, os tucanos nem pensam em beneficiar com contratos semelhantes, é claro, pois são publicações com forte espírito crítico em relação às políticas e medidas dos governos tucanos paulistas.
Este esquema funciona como um verdadeiro Mensalão da Mídia, que reforça esta aliança com os tucanos, cuja incompetência e mediocridade na hora de governar é acobertada pela ditadura midiática.
Além do Mensalão Midiático, existe uma forte identidade de classe entre os proprietários da Grande Mídia e os tucanos, que defendem, incansavelmente, os interesses da burguesia reacionária de SP, que é a mesma que enriqueceu e sempre viveu às custas do trabalho escravo e semi-escravo.
Esta é a mesma burguesia que, em 1932, pegou em armas para derrubar o governo de Getúlio Vargas porque este havia criado inúmeras leis trabalhistas, como a jornada de 8 horas diárias, as férias e folgas remuneradas, a Previdência Social, a carteira de trabalho e as restrições ao trabalho infantil e das mulheres.
Nem todos se lembram ou sabem disso, mas a grande meta da retrógrada burguesia paulista, com esta tentativa golpista de derrubar Vargas, era justamente a de acabar com essas leis trabalhistas, que reconheciam direitos pelos quais os trabalhadores, através do movimento sindical, já vinham lutando desde o final do século XIX.
Assim, existe uma aliança de classe entre a Grande Mídia e os tucanos paulistas (como diria Marx: 'É a luta de classes, estúpido'!) e a mesma se reforça através de medidas que estes últimos tomam para beneficiar os proprietários dos grandes veículos de comunicação que atuam no estado.
E é por isso que, mesmo quando fica clara a total incompetência tucana para governar o estado mais rico do país, a Grande Mídia sempre dá um jeito de escamotear o fato, seja responsabilizando a populaçação ou atribuindo tudo para fenômenos naturais, ou ainda culpando a maldição do Faraó ou o alinhamento dos planetas. Responsabilizar os tucanos pela sua notória e total incompetência para governar? Como diz a propaganda: 'Nem a pau, Juvenal!".
A total e absoluta incapacidade administrativa dos tucanos em SP é explicíta: segurança pública, educação, saúde, combate às enchentes, transportes coletivos são de péssima qualidade, mesmo com os tucanos estando à frente do governo paulista desde 1995.
Portanto, eles não podem dizer que não tiveram tempo para, pelo menos, melhorar a qualidade dos serviços públicos oferecidos à população, que paga um caminhão de impostos pelos mesmos. E os tucanos também não podem dizer que não há dinheiro suficiente, afinal, como eles mesmos dizem, São Paulo é o estado mais rico do país e sua arrecadação anual ultrapassa os R$ 156 bilhões.
Além disso, já são 17 anos consecutivos de governos do PSDB em SP, sem que nada tenha, de fato, melhorado para o seu povo.
Nada. Muito pelo contrário.
Mas a Grande Mídia não faz nenhuma crítica aos governos do PSDB em SP em função deste completo fracasso governamental e administrativo.
E quando apontam os problemas, os grandes veículos de comunicação privados jamais os atribuem à inépcia e incapacidade tucana de governar. Nenhuma organização privada da Grande Mídia questiona, de fato, os governos tucanos de SP pelo completo fracasso de todas as suas administrações, desde 1995.
Quando ocorrem enchentes em SP, por exemplo, a Grande Mídia faz inúmeras reportagens dizendo que 'choveu mais do que o previsto' (ou seja, colocam a culpa em São Pedro) ou mostrando que a população joga lixo nas ruas, responsabilizando-a pela situação.
Já quando acontecem enchentes em outros estados, como no Rio de Janeiro, cujo governador, Sérgio Cabral (PMDB), é um aliado muito próximo do governo Dilma (como já havia sido do governo Lula) a Grande Mídia responsabiliza a inépcia dos governantes pelas enchentes.
Mais claro do que isso é impossível: Para a Grande Mídia, o pau que bate em Chico (Sérgio Cabral, aliado de Lula-Dilma) não bate em Francisco (os governos tucanos de SP, que financiam a Grande Mídia com contratos milionários e sem licitação).
Hipocrisia pouca, é bobagem, pensam os grandes veículos de comunicação tupiniquins.
Na verdade, é a ausência de investimentos por parte do governo do estado de SP que provoca as enchentes.
O governo Serra, por exemplo, ficou quase três anos sem fazer a limpeza do Rio Tietê. Com isso, a sujeira foi se acumulando no fundo do rio e o nível das águas sobe tanto, quando ocorrem fortes chuvas, que as Marginais Pinheiros e Tietê voltaram a sofrer com os alagamentos.
Eu comentei o caso das enchentes, mas se observarmos outros casos, como os dos movimentos sociais e os de corrupção, o comportamento da Grande Mídia em relação aos governos tucanos de SP se repete.
Temos vários exemplos disso, como a repressão feita contra os professores de SP, na greve de 2010, contra os estudantes da USP, na Cracolândia e, agora, na ocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos.
Em todos estes casos, a Grande Mídia apoiou e estimulou uma política repressiva, que promovesse a criminalização destes movimentos sociais.
E os governos tucanos, de Serra e Alckmin, obedeceram inteiramente às ordens que recebiam dos grandes proprietários da Mídia reacionária e golpista, mandando a PM, principalmente a sua famosa Tropa de Choque, baixar o sarrafo em todos estes movimentos.
No caso do livro 'A Privataria Tucana', do jornalista Amaury Ribeiro Jr., o comportamento da Grande Mídia foi, no mínimo, escandaloso e vergonhoso. Quanto tratou de comentar sobre o bombástico livro, a Grande Mídia se preocupou apenas com duas coisas:
A) Tentar desqualificar o autor do livro;
B) Tentar desqualificar as provas, documentadas, apresentadas por Amaury em seu livro.
Fora isso, mais nada.
Se o livro fosse contra o governo Lula ou Dilma, teríamos matérias de 10 minutos de duração, todos os dias, no Jornal Nacional, umas 'trocentas' capas de Veja', e manchetes diárias da Folha e do Estadão divulgando novas informações a respeito do mesmo.
Mas, como o livro 'A Privataria Tucana' trata de um escândalo envolvendo o ex-governador José Serra, do PSDB paulista, e de seus aliados, amigos e parentes, então o comportamento da Grande Mídia foi totalmente diferente.
Como dizia Rubens Ricúpero: 'O que é bom a gente mostra e o que é ruim a gente esconde'.
Outro exemplo deste tratamento privilegiado que a Grande Mídia dá aos governos tucanos de SP e ao PSDB, foi o gravíssimo escândalo da venda de emendas parlamentares na Assembléia Legislativa de SP e que envolve, segundo denúncias de um deputado estadual aliado dos governos tucanos, Roque Barbiere (PTB), dezenas de parlamentares.
Porém, a Grande Mídia não se preocupou, em momento algum, em divulgar amplamente os fatos para a opinião pública e tampouco em aprofundar as investigações, e nem quis ficar dando publicidade aos fatos novos que surgiam, diariamente, a respeito do caso, que é o que acontece quando surgem denúncias contra, por exemplo, ministros do governo Dilma.
Nesta última situação, a Grande Mídia massacra com o ministro e aceita como válidas até informações fornecidas por pessoas que tem, no mínimo, uma reputação duvidosa. Exemplos perfeitos disso são Rubens Quícoli, durante a campanha presidencial de 2010, e o PM João Dias, que participou de uma campanha de linchamento midiático contra o então ministro Orlando Silva, que sofreu uma verdadeira tortura moral por parte da Grande Mídia reacionária e dos demotucanos golpistas.
Mas, quando se trata dos governos do PSDB, a total e completa responsabilidade do governo tucano por fatos que os desmoralize, não é mostrada pela Grande Mídia. O motivo?
É o Mensalão da Mídia. E é a luta de classes, também, é claro.
Assim, a ditadura neofascista tucana paulista é reforçada pela ditadura midiática de uns poucos grandes grupos empresariais privados de comunicação e vice-versa. Uma ditadura alimenta a outra.
E ambas as ditaduras, a tucana e a midiática, que estão sempre unidas e coesas em torno de um mesmo ideal, vão destruindo com o estado mais rico da federação, que vive um franco processo de decadência.
E desta maneira o povo de São Paulo sofre cada vez com sucessivos governos tucanos, um mais incompetente e medíocre do que o outro.
Como diz o grupo de rock Ira!: Pobre São Paulo, Pobre Paulista!
Acorda, São Paulo!
Links:
PSDB transforma São Paulo em uma Ditadura neofascista:
Orçamento do governo de SP chega a R$ 156,6 bilhões em 2012:
Governo Serra ficou 3 anos sem limpar o Rio Tietê:
NaMaria News mostra o funcionamento do Mensalão da Mídia tucano em SP:
Pinheirinho, Cracolândia e USP: Em vez de Política, Polícia:
Deputado estadual do PTB denuncia esquema de vendas de emendas parlamentares na Assembléia Legislatativa de SP:
Vendas de emendas parlamentares usou laranjas, diz Ministério Público:
Ministério Público acusa ex-deputados de participar de esquema de vendas de emendas parlamentares em SP:
Grande Mídia esconde "A Privataria Tucana", mas livro faz sucesso mesmo assim:
A Mídia não sabe o que fazer com 'A Privataria Tucana':
Postado por Marcos Doniseti
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por respeitar este espaço livre e democrático e por comentar!