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sábado, 25 de fevereiro de 2012

O que a Opus Dei, o PSDB e a Jovem Pan estão tramando agora?


A trilha invisível das radiofrequências não é de propriedade particular. Por isso, uma emissora de rádio ou TV somente pode operar se for agraciada com uma concessão do poder público.


Para isso, as empresas de radiodifusão devem, segundo a lei, prestar serviços de comunicação social, visando sempre ao bem coletivo.


Portanto, é comum e justo que se reserve um período da programação a conteúdo de interesse do povo, verdadeiro proprietário do território em que se propagam as ondas de informação codificada.


A rádio Jovem Pan não reconhece esse direito. Por isso, move uma campanha destinada a suprimir a "Voz do Brasil".


O interesse nessa censura é antigo. Tem origem na insubordinação do baronato paulista, historicamente resistente à lei e ao pacto federativo.


A atual campanha alega que o governo federal utiliza o espaço para fins de propaganda.


Incomoda demais a esse grupo neoconservador, firmemente atrelado ao PSDB, que o público seja informado sobre o crescimento econômico brasileiro e sobre o processo de universalização de direitos.


Parte da mídia, tenta, de todas as formas, eliminar os últimos redutos de dissonância informativa.


Procura-se, a todo custo, instituir um espaço 100% dedicado a insultar, desqualificar e criminalizar o governo federal e as forças populares.


Nesse padrão, impera o radicalismo religioso, o culto ao egoísmo, o repúdio à inclusão econômica e a consolidação de mitos de intolerância que constituem obstáculos à plena integração social de negros, mulheres, homossexuais, migrantes e imigrantes.


Em São Paulo, esse trabalho de lavagem neuronal é executado dia e noite, de forma a se manter a hegemonia política neoconservadora do PSDB e de seus aliados nos setores mais atrasados da sociedade.


Para isso, a rádio tem levado ao ar depoimentos de "celebridades" como José Serra, cacique do conservadorismo ressentido; Roberto Romano, "intelectual" orgânico da neodireita; e Ives Gandra, membro da Opus Dei e aguerrido inimigo de qualquer causa popular ou progressista.


Ainda que num formato arcaico, a "Voz do Brasil" representa o outro lado, a ponta de contato que sobrou com a informação divergente. Constitui-se, portanto, na lasca da democracia que se perdeu com o atual padrão centralizado de concessões no campo midiático.


O objetivo da campanha da Jovem Pan é construir um modelo autoritário de informação dirigida, em que o interesse do baronato paulista prospera acima do direito dos brasileiros.


Diz quem fala por ti e te direi quem és!


Mauricio Calábria

postado por O Esquerdopata

Um comentário:

  1. e a"Nova Brasil FM",tambem está nessa campanha de destruição da"Voz Do Brasil".e ainda diz q essa"flexibilização"(extinção mesmo) É MUITO IMPORTANTE!pois significa"mais prestação de serviço"prestação de serviço?pra quem.se é só futilidade?São Paulo(assim feito o Sul),não pensa o Brasil!

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