Nem só de bandidas e bandidos de toga vive o Judiciário brasileiro.
Doutora ANA PAULA VIEIRA DE CARVALHO, juíza federal, está "enjaulando" 26 criminosos [!!!], vários do "colarinho branco", outros até do Judiciário e da Polícia, por envolvimento com a Máfia do Jogo do Bicho, no Rio de Janeiro.
Bandidas e Bandidos de Toga, leiam as lúcidas e sábias palavras de uma Excelência Verdadeira e tomem vergonha na cara:
A corrupção de um magistrado, como já se viu, configura intolerável atentado ao Estado de Direito, porque afeta um de seus pilares, qual seja, a existência de um Judiciário forte e independente. O suborno de um juiz inaugura uma situação de desigualdade e insegurança entre os cidadãos, a quem se passa a percepção de desproteção e odioso privilégio conferido apenas àqueles que podem pagar pela proteção judicial comprada. Fragiliza não só o Judiciário e sua imagem, mas a própria democracia e os direitos e garantias individuais, cujos garantes finais são os juízes probos e infensos a pressões políticas ou econômicas de qualquer espécie.
O Abra a Boca, Cidadão! aplaude de pé, efusivamente, mais este Orgulho da Magistratura Brasileira, juíza ANA PAULA VIEIRA DE CARVALHO.
Justiça condena 26 acusados de ligação com máfia do jogo no Rio
MARCO ANTÔNIO MARTINS
A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal no Rio, condenou 26 pessoas por envolvimento com a máfia do jogo no Rio. A decisão, de ontem (12), é resultado da chamada operação Hurricane, desencadeada em 2007. Os mandados de prisão estão sendo cumpridos hoje com uma operação da Polícia Federal -- oito já foram presos.
Entre os condenados estão magistrados, contraventores, policiais civis e federais e empresários.
O juiz federal José Eduardo Carreira Alvim, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Paulo Oliveira Medina foram condenados a mais de 13 e 15 anos de prisão, respectivamente. Ambos são acusados de corrupção.
De acordo com a juíza, "a corrupção de um magistrado, como já se viu, configura intolerável atentado ao Estado de Direito, porque afeta um de seus pilares, qual seja, a existência de um Judiciário forte e independente. O suborno de um juiz inaugura uma situação de desigualdade e insegurança entre os cidadãos, a quem se passa a percepção de desproteção e odioso privilégio conferido apenas àqueles que podem pagar pela proteção judicial comprada. Fragiliza não só o Judiciário e sua imagem, mas a própria democracia e os direitos e garantias individuais, cujos garantes finais são os juízes probos e infensos a pressões políticas ou econômicas de qualquer espécie. Por fim, considero ainda relevante a especial sofisticação da forma de agir da quadrilha chefiada pelo acusado".
A juíza determinou que 10 dos 26 condenados fossem presos imediatamente por sua alta periculosidade. Antonio Petrus Kalil, o Turcão, que está doente, deve cumprir prisão domiciliar.
Além dele, a juíza determinou a prisão de Aniz Abraão David, o Anísio da Beija-Flor, Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, José Renato Granado, Nagib Suaid, Julio Guimarães, sobrinho do Capitão, João Oliveira de Farias, Marcelo Kalil, o po Faral civil Marcos Antonio dos Santos Bretas e Jaime Garcia Dias.
Ainda foram condenados dois delegados federais, um delegado federal aposentado e um policial civil.
Durante o processo, todos negaram as acusações.
VEJA OS CONDENADOS E SUA PARTICIPAÇÃO, SEGUNDO A INVESTIGAÇÃO:
Ailton Guimarães Jorge, Antonio Petrus Kalil e Aniz Abraão David: apontados como os líderes da máfia do jogo no Rio
Pena: 2 anos e 11 meses de reclusão. Todos já tem mais de 70 anos
Nagib Teixeira Suaid: homem de confiança de Aniz Abrão David, que operava os escritórios da quadrilha
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Marcelo Calil Petrus: filho de Antonio Kalil, o Turcão, foi o escolhido para suceder o pai na organização
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Julio César Sobreira: sobrinho do Capitão Guimarães e escolhido para sucedê-lo, é dono de bingos, pontos de jogo do bicho e máquinas caça-níqueis. Chefiava o escritório destinado para o pagamento de propina a policiais
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
João Oliveira de Farias: homem de confiança do Capitão Guimarães, também era dono de caça-níqueis e pontos de bicho
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
José Eduardo Carreira Alvim: juiz federal do TRF-2
Pena: 13 anos [!!!] e 4 meses de reclusão e 360 dias-multa
Paulo Oliveira Medina: ex-ministro do STJ
Pena: 15 anos [!!!], 5 meses e 15 dias e 360 dias multa
Carlos Pereira da Silva: delegado federal
Pena: 48 anos [!!!], 8 meses e 15 dias de reclusão e 1.180 dias-multa
Miguel Laino: policial civil
Pena: 40 anos e seis meses de reclusão [!!!]
Luiz Paulo Dias de Mattos: delegado federal aposentado
Pena: dois anos e seis meses de reclusão
Susie Pinheiro Dias de Mattos: delegada federal, mulher de Luiz Paulo
Pena: 9 anos e 4 meses de reclusão
Francisco Martins da Silva: agente administrativo da Polícia Federal
Pena: 5 anos e 10 meses de reclusão
Marcos Antonio dos Santos Bretas: policial civil
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
José Renato Granado Ferreira: integrante do segundo escalão da quadrilha, era ligado a Anísio e cuidava da expansão dos negócios do grupo
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Paulo Roberto Lino: apontado como responsável pela captação de recursos nos bingos destinados à corrupção
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Belmiro Martins Ferreira: sócio de uma das maiores empresas de máquinas de videobingo no Rio
Pena: dois anos e 10 meses de reclusão
Licínio Soares Bastos: dono de bingos, era cônsul honorário de Portugal no Brasil
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Laurentino Freire dos Santos: dono de bingos em nome de laranjas, participava das decisões do grupo
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
José Luiz da Costa Rebello: funcionário de Licínio e Laurentino, ele operacionalizava as ações da quadrilha
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo: captava os recursos nos bingos para o pagamento de propina
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Jaime Garcia Dias: fazia os contatos com magistrados para corrupção
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Evandro da Fonseca: auxiliar de Jaime
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Virgílio de Oliveira Medina: advogado e irmão do ex-ministro do STJ
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
Silvério Nery Cabral Júnior: empresário
Pena: 2 anos e 10 meses de reclusão
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Postado por Sonia Amorim
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