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domingo, 22 de abril de 2012

COLONISTAS DO PIG SABEM TUDO,ATÉ SOBRE COMO ADMINISTRAR O BRASIL,GRÉCIA E PORTUGAL!

Barbosa não pode falar. É a “crise” na Casa Grande



Marco Aurélio (Collor de) Melo dá entrevista toda terça-feira. 


 Até a colona (*) social metida a consultora jurídica ele fala. 


 O Gilmar dá entrevista toda quinta-feira. Quando Joaquim Barbosa fala, só aí, então, o PiG (**) instala uma “crise” no Supremo. 


 É o que fizeram neste sabado os editorialistas e colonistas do PiG. 


 Porque Barbosa chamou Peluso – o Merval quer votar o mensalão logo, para que o Peluso possa condenar o Dirceu – de caipira tirânico e manipulador de resultado. 


 Se Barbosa ficasse quieto, de boca calada, quando Peluso disse que ele é inseguro, porque não tem certeza de suas virtudes intelectuais para estar na Suprema Corte, se Barbosa enfiasse a viola no saco, aí não haveria “crise” nenhuma.


 Seria tudo muito natural. O conservador imperial da Província espinafra o liberal, e o liberal inseguro se acovarda. 


 Do jeito que a Casa Grande – na acepção do Mino Carta – gosta. 


 Só que Barbosa foi pra cima. Defendeu-se e atacou o jenio caipira – quem teve a ideia de jerico de indicar o Peluso ao Nunca Dantes ? 


 O Supremo está irremediavelmente misturado ao show business brasileiro, à “sociedade do espetáculo”. 


 A culpa é do ministro (Collor de ) Mello, que, na presidência do STF, decidiu transformar as sessões num reality show. 


 Sob o pretexto de dar transparência à Justiça – e ele votou contra o CNJ … – deu, sim, curso a suas exibições de pedantismo e prolixidade inútil. 


 Depois, o Supremo se acovardou diante da Globo e abriu as portas para a vulgarização. 


 Foi quando o fotógrafo do Globo e da Globo violou a intimidade e o sigilo dos ministros Lewandowski e Carmen Lucia, ao divulgar sua troca de e-mails. 


 A então presidenta do STF, Ellen Gracie, aquela que entrou para a História da Magistratura Tropical, ao decidir que Daniel Dantas não é Daniel Dantas, mas Daniel Dantas, essa notável presidenta calou-se e não processou a Globo. 


 Calou-se diante da Casa Grande – na acepção do Mino Carta. 


 E o Supremo desvalorizou-se. 


 Pelas próprias mãos. 


 O STF anistiou os torturadores do regime militar. 


 Inventou o HC Canguru de 48 horas. Enrolou-se na Ficha Limpa. 


 E agora se deixa imprensar contra parede pela Globo – que dorme na maior suíte da Casa Grande - que quer votar logo o mensalão. 


 (O Conversa Afiada concorda com o Vander e acha que se poderia votar logo o mensalão. 


 Mas, antes, prefere que o Supremo legitime de uma vez por todas a Satiagraha. 


 E, no caso do mensalão, o C Af quer ver o Supremo condenar o Dirceu – com ou sem o Peluso.) 


 O PiG é um fabricante de “crise”. 


 Faz parte da ideologia Golpista anunciar o Fim do Mundo toda semana, para desmontar as instituições que legitimam a vontade popular. 


 É o caos semanal. 


 É diante do caos, só sobrevivem os banqueiros e os neolibelês que a Urubóloga entrevista – só eles, os Sábios, sabem o Caminho da Salvação para a Grécia, Portugal e o Brasil


 Se o Ministro Barbosa tivesse ficado quieto, diante das tirânicas provocações caipiras, estaria tudo bem. Até segunda-feira. 


 Porque na segunda-feira o jornal nacional tentará, de novo, abrir as portas do Supremo com a gazua do mensalão. 


 Que, como diz o Mino, ainda está por provar-se. 


 A Veja, a Globo e o Crime Organizado têm que condenar o Dirceu antes de a CPI – que terá um relator petista – expor suas vísceras pretas. 


 Antes de a Satiagraha botar na cadeia quem de lá não deveria ter saído. 


 E tudo isso correria com mais fluidez se o Barbosa não ousasse subir as escadas da Casa Grande – na acepção do Mino. 


 Paulo Henrique Amorim


do Blog Ficha Corrida

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