Segundo dados de 2009 do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), em 2006-2007 não foram aplicados R$ 2,1 bilhões na saúde paulista.
Levantamento da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, produzido a partir dos dados oficiais do governo do Estado, apontam que entre 2001 e 2011, R$ 5,9 bilhões não foram aplicados na saúde, cujo valor corrigido pelo IGP-DI atinge a soma de R$ 7,1 bilhões - dinheiro suficiente para implantar 120 hospitais de 200 leitos em todo o Estado de São Paulo.
Além da contenção dos recursos para serem aplicados nos serviços da saúde, o governo do PSDB em São Paulo também não assume o papel de articulador das ações do SUS.
As queixas são fruto da ausência de ação articulada de integração e pactuação entre o Estado e municípios nas redes de atenção regionais.
O descaso pode ser verificado com a destinação de apenas R$ 10, no Orçamento de 2012, para regionalização de serviços de saúde.
Falta de vagas nas UTIs
Recentemente médicos de São Paulo participaram de debate promovido pelo Conselho regional de Medicina do Estado de São Paulo.
Como resolver a falta de vagas para as urgências nos hospitais?
Qual a participação dos hospitais terciários na disponibilidade de leitos para urgências?
Estes foram alguns dos questionamentos colocados em discussão em plenária especial realizada pela Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em 15 de junho.
Sob a coordenação do conselheiro Renato Françoso Filho, o encontro reuniu palestrantes que convivem com o problema, entre eles, Luiz Roberto Faggioni, 3º Promotor de Justiça de Direitos Humanos (Área de Saúde Pública); Milton Steinman e Adalgisa Borges Nogueira Nomura, membros da Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência, além do conselheiro da Casa, Nacime Salomão Mansur, superintendente da Sociedade para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e de Paulo Kron, delegado superintendente adjunto da Regional Norte do Cremesp.
Em sua palestra o promotor Faggioni lembrou que a falta de leitos nas UTIs, tanto no âmbito municipal quanto estadual, é “uma tragédia”.
Depois de dar uma visão geral do número de leitos em vários hospitais da cidade de São Paulo, apontou também a falta de médicos nas UTIs, associada principalmente à baixa remuneração, que não estimula o profissional a dedicar-se: “o médico ganha, hoje, para uma carga horária de 20 horas semanais, um salário de R$ 1.859,64, que pode chegar a R$ 1.936,00, com o adicional de produtividade. Um absurdo!”
O promotor enfatizou que é preciso reajustar rapidamente o salário desses profissionais. “O valor deve estimular o profissional a atuar nessa frente e não a procurar melhor remuneração em outras instituições de saúde”.
Também lembrou que estão sendo realizados, atualmente, contratos de trabalho emergenciais, que prejudicam a atuação dos médicos que atendem nos PS.
do blog Jornalisticamente Falando
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