Massacre midiático contra o PT e governo Lula foi, meticulosamente, combinado para acontecer durantes as eleições. |
Mas oposição patina e em São Paulo, Serra, que começou disparado é ameaçado por Haddad, petista tinha apenas 3% no início da corrida eleitoral
Que a pressa em julgar o mensalão, durante o período eleitoral, têm questões políticas de fundo, nem os minerais duvidam disso.
Por Palavras Diversas
O fato é que após o início da propaganda eleitoral gratuita, no rádio e na TV, o que se percebe são os candidatos dos partidos oposicionistas caindo, os do PT se recuperando e partido recém cooptados, como o PSB, ou vistos como nova opção, PRB e PDT, se destacando.
O trabalho midiático combinado com as sessões do STF e as falas dos "caciques" do PSDB e do DEM no Jornal Nacional, diariamente, para massacrar o legado de Lula e do PT, confundindo-os, dolosamente, com o julgamento em questão, não está tendo o resultado esperado.
Nem o PT lidera, muito menos é desprezado como força política-eleitoral capaz de reverter este quadro.
Cenários em capitais importantes
Em Porto Alegre o candidato José Fortunati, do PDT, cooptado como figura de oposição ao partido dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul, começa a patinar nos números e vê Manuela D'Ávilla, do PC do B, aliada de Dilma encostar.
Villaverde, do PT, quase dobrou seus índices em pouco mais de uma semana. Já o PSDB não existe, o candidato tucano não consegue ultrapassar o traço.
Em Belo Horizonte, Patrus Ananias, recém lançado candidato a prefeito, em resposta a asfixia ao PT tentada por Aécio Neves, com a cumplicidade do PSB mineiro, já atinge 30% da preferência popular.
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes, dobradinha PMDB/PT, tem cerca 54% e vence a todos os adversários com uma sobra de mais de 20%. O DEM e PSDB andam para trás e não chegam aos 5%, um verdadeiro vexame.
César Maia, prefeito que governou a cidade por três mandatos pelo PFL/DEM, teve seus bens bloqueados pela justiça por irregularidade no carnaval de 2009 e suspeitam que tal manobra tenha se repetido várias vezes.
Em Fortaleza Moroni Torgan, do DEM, começou disparado na liderança, mas após o início da campanha para valer, desabou 7% e viu o PT e o PSB encostarem. O PSDB não chega aos 5% na capital cearense.
Em Recife, Humberto Costa, PT, e Geraldo Júlio, do PSB, o candidato associado ao oposicionista Jarbas Vasconcellos, lideram com quase 30% das intenções de voto. O candidato do DEM, Mendonça Filho, aparece em queda livre com apenas 11% e está na terceira posição, Daniel Coelho (PSDB) registrou 9%.
Em Curitiba, Ratinho Júnior do PSC, lidera e ameça desbancar o atual prefeito, Ducci do bloco PSB/PSDB, Fruet do PDT vem na cola dos dois.
Em Goiânia o atual prefeito do PT, Paulo Garcia, é líder absoluto na disputa da capital goiana, com a preferência acima dos 30% dos eleitores.
Em Belém quem se beneficia deste quadro político de enfrentamento é Edmilson Rodrigues (PSOL), que está acima dos 40% e disparou rumo a vitória no primeiro turno, seu concorrente mais próximo é do PMDB.
Exceções
Salvador, com ACM Neto do DEM com 40% e Manaus com Artur Virgílio do PSDB com 29%, mas em crise com os tucanos, são as exceções dos principais partidos de oposição nas principais cidades brasileiras.
A vitória não garantida, principalmente em Manaus, mas lideram com folga.
A derrocada vergonhosamente do PSDB
São Paulo apresenta o maior exemplo da derrocada oposicionista.
Ao lançarem José Serra candidato a prefeito pelo PSDB, os tucanos imaginavam uma vitória fácil e talvez até no primeiro turno. Serra começou bem a frente dos demais e hoje já vê ameaçado o segundo lugar na preferência do eleitor paulistano.
Para tornar ainda mais dramático o cenário, o tucano tem rejeição recorde que já chega aos 43%. Russomano do PRB encarna o papel da terceira via e lidera, mas Haddad, do PT, dobrou suas intenções de voto e pode, mantidas as condições de pressão e temperatura, ir para o segundo turno com boas possibilidades de vitória, face a estrutura capilar do partido na cidade e a preferência dos eleitores da periferia.
PT arranhado, mas oposição decadente na campanha
O que se pode tirar desses cenários é que a oposição não tem fôlego e nem discurso para seduzir possíveis eleitores descontentes com o PT ou aqueles sob influência do massacre midiático que se faz contra o partido.
Percebe-se que candidatos que representam uma terceira via, mas próximos do governo federal, tiram vantagens deste momento e se descolam dessa polarização desigual e covarde.
Também é fato que o PSB, cooptado pela mídia e pelo PSDB, se sai bem onde não enfrenta dificuldades com a imprensa local e encarna o papel da mudança, mesmo que representem a continuidade.
O PT está apresentando recuperação em algumas capitais, mas um olhar mais crítico pode delinear, claramente, que a campanha insidiosa da imprensa contra seus quadros e a confusão proposital que fazem na cabeça do eleitor na cobertura do mensalão no noticiário, tentando taxar, categoricamente o partido como um antro de malfeitos, provocou arranhões em sua popularidade.
O que não é novidade, pois a cada disputa eleitoral os canhões midiáticos se voltam contra o partido e seus aliados, dessa vez inovam ao agregarem o PSB, partido da base do governo Dilma.
Apesar desta constatação, o quadro não é de derrota, o que também pode ser visto é que o partido tem capacidade de reagir aos ataques e crescer.
A opinião pública já não assina embaixo de tudo o que a imprensa proclama.
A saída pode estar em uma estratégia mais agressiva, partir para o confronto direto contra seus habituais detratores e os novos dissimulados da "terceira via". Ex-aliados que se acomodam no front inimigo a espera de promessas feitas para 2014.
do blog "Brasil que eu quero"
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