Por Altamiro Borges
Quem assiste a propaganda eleitoral do PSDB até pode pensar que este partido, que representa a direita “moderna”, está preocupado com as questões sociais no Brasil.
No horário eleitoral de rádio e tevê, ele apresenta propostas em defesa das camadas mais carentes da sociedade.
Os tucanos até parecem “gente do povo”! Pura ilusão. O PSDB é um partido elitista, dos ricaços.
Em muitos lugares, os seus caciques são, inclusive, racistas, como comprova um caso recente no Pará envolvendo o senador Mário Couto.
Na semana passada, a assistente-administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, foi detida na delegacia de Salinópolis, no litoral do Pará, a 265 quilômetros de Belém, por ordem do tucano Mário Couto, que alegou ter sido “desrespeitado como senador da República”.
Mas em seu depoimento, a trabalhadora afirmou – e teve o amparo de várias testemunhas – que foi agredida pelo senador do PSDB, que a chamou de “preta safada”, “macaca” e “vagabunda”, entre outros adjetivos.
"Temperamento explosivo" do tucano
Segundo a agência Estado, Edisane abriu processo contra o tucano, acusando-o por racismo e abuso de autoridade.
“O promotor de Justiça de Salinópolis, Mauro Mendes de Almeida, informou que remeteu as peças do inquérito policial para o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de o senador gozar de foro privilegiado.
Mas quem decidirá se abre ou não processo contra Couto é o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem a queixa crime será remetida pelo STF”.
Gurgel? Contra os tucanos?
Então não vai dar em nada! Ainda de acordo com a agência Estado, o bate-boca entre o senador e a trabalhadora ocorreu em 13 de agosto passado, durante uma caminhada do tucano e de seus cabos eleitorais pelas ruas do município.
Couto apoia a reeleição do prefeito Di Gomes, “mas alguns moradores, incluindo Edisane Oliveira, não permitiram que cartazes com a foto do afilhado político dele fossem pregados nas paredes de suas residências. Isso irritou o tucano, conhecido pelo temperamento explosivo”.
Postado por Miro
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