A presidenta argentina lembrou que 10 de dezembro é o prazo máximo para empresas se adaptarem à nova Lei do Audiovisual (Foto: Casa Rosada) |
Por: Renata Giraldi, da Agência Brasil*
Do Brasil Atual - Publicado em 11/10/2012, 10:50 Última atualização às 12:03
A presidenta argentina lembrou que 10 de dezembro é o prazo máximo para empresas se adaptarem à nova Lei do Audiovisual (Foto: Casa Rosada)
Brasília – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, determinou o dia 10 de dezembro como prazo máximo para que as empresas do setor de imprensa e audiovisual apresentem seus planos de adaptação à nova Lei do Audiovisual.
A lei foi aprovada em 2009 e limita a quantidade de licenças de rádio e televisão no país.
Ela alertou que se a ordem não for obedecida, a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), órgão responsável por supervisionar a concessão de licenças, poderá "agir".
“Ninguém pode estar acima dos três poderes do Estado”, disse a presidenta da Argentina, em cadeia nacional de rádio e televisão.
De acordo com o presidente da Afsca, Martín Sabbatella, o objetivo da decisão é evitar monopólios.
A lei exige das empresas de mídia a entrega dos planos de adaptação no dia 8 de dezembro, mas Kirchner decidiu adiar o cumprimento da medida para o primeiro dia útil seguinte (10 de dezembro).
Durante o pronunciamento de Cristina Kirchner, Sabbatella aproveitou para criticar o grupo Clarín (que tem o controle do principal jornal do país e detém emissoras de rádio e televisão), que faz oposição ao governo.
“É o único [grupo de comunicação] que tem 250 licenças, o que excede o que a lei permite, e não reconhece o papel da Afsca", disse ele.
Sabatella acrescentou que "a lei é para todos e foi feita para ser cumprida”.
Ao ser perguntado se os trabalhadores do grupo Clarín podem estar preocupados com seus empregos, ele disse que o governo “fará todos os esforços” para cuidar dos postos de trabalho e que a lei vai gerar “maior pluralidade de vozes e novos postos de trabalho”.
O grupo Clarín, por sua vez, informou que a lei está sendo analisada pela Justiça e diz ser alvo de "ataques do governo".
Nos últimos dias, apoiadores do governo exibiram faixas com a inscrição 7D (7 de dezembro) e o slogan do Clarín. *
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