REGULAÇÃO DA MIDIA,JÁ!

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PARA ACABAR COM O MONOPÓLIO

sábado, 18 de maio de 2013

A Classe Média e a Mídia

por Paulo Nogueira 

A mídia defende abjetamente seus próprios interesses, e os de seus amigos, e não o interesse público. 

As empresas jornalísticas não pagam os impostos devidos (o papel não é taxado, por exemplo), gozam de uma absurda reserva de mercado (estrangeiros só podem ter 30% das ações) e historicamente se alinharam às ações mais nocivas contra o povo brasileiro, como o golpe militar de 1964.


A mídia brasileira precisa de um choque do capitalismo que prega mas que não pratica: tem que ser exposta à competição internacional e tem que criar vergonha na cara e parar de mamar no Estado, do qual sempre extraiu financiamentos a juros que são um assalto ao contribuinte. 

Boa parte da gestão inepta das empresas jornalísticas brasileiras reside nisso – nas vantagens que elas recebem de sucessivas administrações. 

Isso acabou criando culturas corporativas em que você acha que é mais fácil resolver problemas com um telefonema ao presidente ou ao ministro do que com habilidade gerencial. 

A internet apareceu para libertar a sociedade do monopólio de opinião das empresas de mídia, e isso é um fato que deve ser comemorado. 

Você só tem acesso a Marilena Chauí na internet. 

Em compensação, pensadores como Vilas,Magnolis, Pondés et caterva estão em toda parte, defendendo o mundo da iniquidade que foi sempre a marca do Brasil. 

Sobre a classe média, Marilena Chauí também está certa. 

Historicamente, a classe média é, em geral, o que existe de mais reacionário numa sociedade. 

Nas grandes transformações da humanidade, como na França de 1789, lá estava a classe média na defesa assustada da manutenção da ordem. 

Na Alemanha de 1933, foi a classe média que pôs Hitler no poder. 

Nos Estados Unidos destes dias, é a classe média — obesa, entupida de pipoca e coca cola gigante, sentada no sofá vendo blockbusters de Hollywood — que dá sustentação a guerras como a do Iraque e a do Afeganistão

Uma das razões do sucesso escandinavo como sociedade é que, lá, a classe média foi educada, e aprendeu a importância do verbo repartir. 

A classe média brasileira ainda está bem longe disso. 

É racista, preconceituosa, homofóbica. 

Detesta negro, detesta nordestino, detesta gays. 

Detesta tanta coisa que, exatamente por isso, é detestável, como disse Marilena Chauí. 

A íntegra do texto está aqui. 

do Blog DoLaDoDeLá

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