“Sai daí, Zé. Sai daí logo, antes que você faça réu um homem inocente”, aconselhou o então deputado Roberto Jefferson (PTB), em junho de 2005, ao então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.
Dias depois dos depoimentos em que Jefferson expôs seus “instintos mais primitivos” à CPI dos Correios, Dirceu deixava o posto.
Era o início da narrativa do esquema do ‘mensalão’, que se aproxima de seus capítulos finais com a apresentação dos recursos dos réus condenados na Ação Penal 470.
E quis o destino que, no fim do processo, Dirceu e Jefferson, que se acostumaram a rivalizar desde as CPIs do governo Fernando Collor, enfim concordassem.
No recurso apresentado pela defesa do presidente do PTB ao Supremo Tribunal Federal (STF), há um pedido por um novo relator para o processo.
Os advogados de Dirceu pediram o mesmo: o afastamento do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, da relatoria do caso.
Ou seja, detalor e delatado querem a mesma coisa, ainda que por motivos diferentes.
A defesa de Jefferson alega que Barbosa não pode continuar na relatoria por ter assumido a presidência da Corte.
Já os advogados de Dirceu apontam falhas no acórdão elaborado pelo ministro e pedem um novo documento, organizado por outro ministro.
Ainda não há previsão de quando o STF vai julgar os recursos.
Último dia
Condenados no julgamento da Ação Penal 470, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e os ex-deputados federais Romeu Queiroz e Bispo Rodrigues apresentaram recursos nesta quinta-feira contra as penas definidas pelo Supremo.
Dos 25 condenados, onze já recorreram da sentença. O prazo para apresentação de recursos termina hoje.
do Blog do Esmael
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