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quinta-feira, 13 de junho de 2013

A GRANDE MÍDIA DESCONHECE A LEI?Notícia falsa é crime contra economia popular


Do Observatório da Imprensa 

Por Fernando Branquinho 

Virou prática comum organismos de imprensa de grande alcance propagarem notícias falsas, ou manipuladas, para alterar o funcionamento do mercado buscando ganhos para alguns grupos ou perdas para outros. 

O nome disso é crime contra a economia popular, previsto na lei 1521/51, em seu artigo 3º: 

“VI – provocar a alta ou baixa de preços de mercadorias, títulos públicos, valores ou salários por meio de notícias falsas, operações fictícias ou qualquer outro artifício.” 

A verdadeira campanha de notícias falsas ou manipuladas com o sentido de favorecer grupos, como os banqueiros e especuladores, pela alta dos juros, ou desestimular a economia através da sistemática propaganda de maus indicadores, é crime. 

Quem ganha, por exemplo, quando se diz que a inflação está fora de controle e propaga que “todos os setores estão aumentando preços e indexando”, a partir da constatação de uma alta da inflação que no mês seguinte recuou? 

Ou usar o preço do tomate, um único gênero da cesta básica, para dizer que o governo perdeu o controle da economia? Eis um exemplo de notícia manipuladora da economia. A economia se move por expectativas. 

Na segunda-feira (10/6), por exemplo, o jornal O Globo dá um show de manipulação ao publicar em destaque que o governo gastou apenas 17% do que foi programado para 2013 até o mês de abril. 

Esse dado é o que fará parte de toda a sua extensa capilaridade de meios de comunicação, associado à tese política de baixo PIB, de perda de credibilidade no exterior, de falta de investimentos em infraestrutura e outros elementos que fazem parte da verdadeira campanha de quebra de expectativas na economia com intuito eleitoral e promoção, em especial, do remédio de sempre: aumento dos juros, para agradar aos patrocinadores de boa parte dos seus veículos. 

Direito de resposta 

No próprio corpo da matéria há uma declaração do Ministério do Planejamento desmentindo o uso desse dado. 

Afinal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias só foi regulamentada em abril. Pouca gente sabe que o gasto dos governos fica parado esperando a lei e que o país só começa mesmo a pagar seus investimentos a partir de abril/maio. 

No início do ano tentou-se apagar o país através da veiculação de notícias alarmistas sobre falta de energia, que devem ter feito empresas mudarem suas estratégias de investimento, prejudicando a si próprias e à economia em geral. 

A Folha de S.Paulo chegou a falar em reuniões emergenciais do governo para discutir o iminente apagão. 

O Globo estampou que empresários iriam comprar geradores. 

No final das contas, o preço da energia baixou, não houve apagão, os níveis dos reservatórios hoje estão iguais aos do ano passado e quem acreditou nesse sensacionalismo certamente perdeu. 

E quem mentiu ficou impune. 

Essa má-fé na desinformação de cunho político é crime.

Repetida milhares de vezes, vira verdade, como fazia a propaganda nazista nas mãos de Joseph Goebbels. 

O resultado não é só a destruição da credibilidade de um governo, mas o solapamento das expectativas na economia, tanto pelo lado dos empresários como dos consumidores. 

É a manipulação de toda a cadeia produtiva com notícias falsas e manipuladas. 

Será que ninguém se toca para propor medidas judiciais que enquadrem, ou como propaganda política fora de hora, ou crime contra a economia popular

O mínimo que o governo poderia fazer é exigir o direito de resposta garantindo os mesmos espaços. É ocupar espaços nos telejornais para repor a verdade. 

Não é censura, nem cerceamento à liberdade de expressão. 

Quando se chega a esse ponto de partidarização e de sabotagem econômica, o mínimo que as autoridades devem fazer é repor a verdade. 

por René Amaral

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