REGULAÇÃO DA MIDIA,JÁ!

REGULAÇÃO DA MIDIA,JÁ!
PARA ACABAR COM O MONOPÓLIO

quarta-feira, 12 de junho de 2013

COLLOR AO 247: "GURGEL É UM DÉSPOTA IGNORANTE"

Senador Fernando Collor (PTB/AL), único parlamentar que confronta abertamente as atitudes de Roberto Gurgel, saiu em defesa da subprocuradora Deborah Duprat, que foi afastada do cargo pelo chefe, em função de uma divergência de opinião. “Foi um desrespeito, uma covardia e uma atitude antidemocrática tomada por um cidadão que nunca esteve à altura do cargo”, diz ele. Questionado por Collor sobre a compra de equipamentos de escuta telefônica pelo Ministério Público, Gurgel confirmou. “Ele montou um aparato de espionagem”

12 DE JUNHO DE 2013 

247 – Único parlamentar do Congresso que confronta abertamente as atitudes do procurador-geral Roberto Gurgel, o senador Fernando Collor saiu em defesa da subprocuradora Deborah Duprat, afastada do cargo nesta terça-feira, por decisão do chefe. 

“Gurgel demonstrou o que realmente é: um déspota ignorante, que não aceita ser contrariado”, disse Collor ao 247. 

“A subprocuradora Deborah Duprat exerceu seu direito pleno, ao manifestar sua opinião no plenário do Supremo Tribunal Federal”.

Mais do que uma atitude antidemocrática, Collor apontou também um desrespeito e uma atitude covarde. 

“Dentro de um mês, o senhor Gurgel não será mais o procurador-geral da República”, disse ele. 

“Por isso, não fazia o menor sentido punir uma pessoa que apenas tinha uma posição divergente da sua”.

Reportagem da Agência Brasil, publicada nesta terça, aponta que a divergência de opiniões motivou o afastamento. 

Leia abaixo:

Gurgel dispensa número 2 da Procuradoria após confronto de ideias

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, dispensou (11) a subprocuradora Deborah Duprat do cargo de vice-procuradora-geral. 

A informação foi confirmada no início desta noite pela assessoria da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não justificou o ato. Não há previsão de substituto para o cargo.

Na semana passada, enquanto estava em representação oficial na Espanha, Gurgel foi confrontado duas vezes por sua vice. 

A divergência de opiniões oficiais no Ministério Público é possível porque os procuradores não são obrigados a seguir a posição de seus superiores hierárquicos. 

Deborah Duprat concorre em lista tríplice à chefia da Procuradoria-Geral da República, que ficará vaga em agosto.

O primeiro embate de ideias ocorreu durante julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), quando Deborah discordou do parecer de Gurgel contra o projeto de lei que limita a criação de partidos. 

"Se fossem duas partes em conflito entre si, eu me conservaria calada, mas acredito que esse é um importante e perigoso precedente. Eu sei que o doutor Gurgel esteve bastante preocupado a respeito disso, mas me preocupa a preservação do espaço democrático de discussão", disse Deborah.

No dia seguinte, ela se manifestou favoravelmente à proposta que criou mais quatro tribunais federais no país. Gurgel ainda não havia emitido opinião sobre o caso, pois alertava que a questão poderia ser judicializada e não descartava que a iniciativa poderia partir do próprio Ministério Público.

Com a dispensa, Deborah volta a exercer apenas o cargo de subprocuradora-geral. 

Atualmente, o quadro de subprocuradores-gerais tem 61 integrantes.

Em outro embate com Gurgel, Collor o questionou sobre a compra de aparelhos Guardião, pelo Ministério Público, que fazem grampos telefônicos. 

Na resposta, o procurador-geral confirmou a aquisição dos equipamentos, mas afirmou que os mesmos foram cedidos à Polícia Federal, que é quem tem o poder de realizar investigações. 

"Isso demonstra a urgência na aprovação da PEC 37", diz Collor. 

"O MP, com o senhor Gurgel, montou um aparato clandestino para bisbilhotar a vida das pessoas".

Segundo Collor, a resposta de Gurgel demonstra que o procurador-geral se contradiz ao confirmar a cessão dos equipamentos à PF. 

"Se ele próprio afirma que cedeu os grampos à Polícia Federal, porque sabe que o MP não tem o poder de sair investigando a vida das pessoas, acaba se colocando também à favor da PEC 37".

Leia, abaixo, o questionamento feito pelo senador Fernando Collor (PTB/AL): 


Leia, ainda, as respostas de Gurgel:



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por respeitar este espaço livre e democrático e por comentar!