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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Exclusivo: Jornalismo mãe dinah descobre como aconteceu sumiço do processo da Receita contra a Globopar


A Globopar (controladora da Rede Globo) emitiu uma nota na noite de ontem, onde afirma que não deve nada à Receita, que colaborou voluntariamente com a restauração do processo em que estava condenada a pagar R$ 615 milhões, que misteriosamente sumira, e que só soube no dia de ontem que o processo fora surrupiado por uma funcionária da Receita, condenada pelo fato. 

Finalmente, de modo simpático, a Globopar usa a última frase da nota para ameaçar quem disser coisa diferente: 

"A empresa tomará as medidas judiciais cabíveis contra qualquer acusação falsa que lhe seja dirigida". 

Não satisfeito com a nota, que me pareceu cheia de buracos (afinal a restauração de um processo não é o processo, e, como na canção, muitos se perderam no caminho - dados, informações, números...), e sem contato com o Garganta Profunda, que vazou informações para o Miguel, do Cafezinho, o Azenha, do Viomundo, o Brito, do Tijolaço, o Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, procurei a minha fonte, que é especialista no jornalismo mãe dinah, tão a gosto de nossa mídia corporativa. 

Contei a ela que fiquei bastante intrigado com o trecho da nota que diz que a Globopar só ficou sabendo do furto do processo ontem, dia 9. 

Como é que um réu fica sabendo que seu processo sumiu e não tem nem a curiosidade de saber como? O que ela me disse foi uma bomba. 

Para esconder sua identidade e não prejudicá-la vou chamá-la, em paralelo ao Garganta Profunda, de Orifício Apertado. 

Pois a Orifício Apertado me disse que muito lhe custou conseguir a informação, que por conta disso estava despregada (sic, não quereria ela dizer "pregada"?). 

Tudo teria acontecido assim, segundo diálogo entre Fiscal da Receita (doravante FR) e Advogado da Globopar (doravante ADV): 

FR - Ilustre Causídico, é com o coração apertado, os olhos espremidos para conter as lágrimas e os bolsos fartamente abertos que comunico ao ilustre causídico que o processo no qual vosso ilustríssimo cliente se veria obrigado a pagar R$ 615 milhões, simplesmente... desapareceu. 

ADV - Desapareceu, como assim? 

FR - Como Conceição, sumiu, ninguém sabe, ninguém viu... 

ADV - Meus clientes vão ficar inconsoláveis. A tanto custo fizeram uma vaquinha com amigos, até com agiotas, doleiros, bicheiros condenados, porque o senhor sabe... Eles não são Marões.. nem simplesmente Mários... são humílimos Marinhos... 

FR - Vou lhe contar como tudo se deu... 

ADV - Não, por favor, prive-me dos detalhes... Desde já nos colocamos à disposição para a restauração. Vamos disponibilizar todos os docu...(À PARTE) - Kkkkkkkkk...(RECOMPÕE-SE) - Desculpe-me a tosse... Vamos disponibilizar todos os docu... (À PARTE) - K-K-KI-K-KIL... Kkkkkkkkk... (RECOMPÕE-SE) - ... mentos... todos eles... Evidentemente, aqueles que estiverem em nossa posse... Nada que nos comprometa, quer dizer, nada que comprometa o processo... 

FR - Ficamos gratos... Foi uma fatalidade... 

ADV - As mãos de Deus... 

FR - Deusa... 

ADV - O quê? 

FR - Foi uma deusa... Feminina... 

ADV - Já disse que não quero detalhes... Deus ou Deusa... OS DOIS - Vamos às oferendas... Data vênia, Modus in rebus (no seu, não no meu, que tenho Orifício Apertado), para não vir a ser processado, deixo claro que Orifício Apertado não pode garantir que a informação seja absolutamente verdadeira. Tampouco falsa. Mas é assim o jornalismo mãe dinah, especialidade da revista Veja, mas que cobre toda a esfera da mídia corporativa, como a matéria sobre a ficha falsa de Dilma, na Folha, e até mesmo essa nota da Globopar.

do Blog do Mello

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