Dona da única distribuidora nacional de revistas, a Abril paga, com a demissão de 150 jornalistas e o fechamento de títulos, o preço da concentração de mercado e do conservadorismo reinante.
O monopólio real das bancas de jornal, conquistado no início do governo Lula, quando o Cade aprovou a compra da distribuidora Fernando Chinaglia pela Dinap (dando origem à TreeLog),fez a Abril apostar em planos de expansão para dificultar a vida da concorrência das bancas.
Tal projeto, aliado a práticas de “reciclagem” de matérias em títulos próximos, para cortar custos, fez com que revistas com títulos diferentes trouxessem conteúdos cada vez mais parecidos.
A Abril matou a diferença no atacado e no varejo. Tirou a graça das bancas de jornal e de seu jornalismo.
O conservadorismo cego de algumas publicações também ajudou a criar fantasias sobre o que não estava acontecendo com o país.
Ou seja, tudo foi dando errado.
E o corte dos jornalistas tende a aprofundar a crise. Sem material humano de qualidade, fica ainda mais difícil ser criativo e encontrar saídas.
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