O jornalista homicida Antonio Marcos Pimenta Neves acabou não ficando sob prisão fechada nem três anos, dos 19 a que foi condenado: tendo a pena sido reduzida para 14 anos e 10 meses, bastou ele cumprir a sexta parte para que lhe concedessem o direito de passar o dia fora e só dormir no presídio (regime semiaberto).
A jornalista Sandra Gomides tinha 32 anos quando ele a assassinou.
É razoável supor-se que ela pudesse viver, digamos, mais uns 45. A conta não fecha.
A Justiça é que deveria fechar suas portas... por estuprar a democracia, ao conceder tratamento tão diferenciado aos ricos.
Todos sabem que sou muito compassivo e detesto ver seres humanos enjaulados.
Nem animais merecem o cativeiro.
Mas, nunca engoli os detalhes deste crime, começando pelo fato de que Pimenta Neves muniu-se de uma arma para ir ao encontro da antiga amante.
Queria convencê-la a reatar a relação.
E, antecipadamente, sentenciou-a à morte, caso não cedesse.
Não consigo nem imaginar um homem com estômago para balear uma mulher pelas costas, abaixar-se e, indiferente à sua agonia, encostar-lhe o revólver no ouvido e disparar de novo. É covardia demais. É frieza demais. É arrogância demais.
Como os monarcas medievais, encarou uma rejeição amorosa como um crime de lesa-majestade.
E, pior até que a rainha de copas da obra-prima de Lewis Carroll, não ordenou "cortem-lhe a cabeça!". Incumbiu-se ele mesmo de a cortar.
Sou de um tempo no qual homem de verdade, quando traído, não acertava as contas com a mulher, mas sim com o rival.
Ia decidido a matar e disposto a morrer. Como nas touradas, por mais que repudiássemos a violência primitiva, tínhamos de admitir que seu praticante assumia considerável risco.
Nem isto se pode ressalvar no ato de Pimenta Neves.
A coitada da Sandra Gomide não tinha como revidar, nem mesmo como se defender.
Foi abatida qual animal no matadouro.
Torço para que a justiça divina exista mesmo e essa regalia imerecida nada lhe traga de bom.
do Blog Náufrago da Utopia
A jornalista Sandra Gomides tinha 32 anos quando ele a assassinou.
É razoável supor-se que ela pudesse viver, digamos, mais uns 45. A conta não fecha.
A Justiça é que deveria fechar suas portas... por estuprar a democracia, ao conceder tratamento tão diferenciado aos ricos.
Todos sabem que sou muito compassivo e detesto ver seres humanos enjaulados.
Nem animais merecem o cativeiro.
Mas, nunca engoli os detalhes deste crime, começando pelo fato de que Pimenta Neves muniu-se de uma arma para ir ao encontro da antiga amante.
Queria convencê-la a reatar a relação.
E, antecipadamente, sentenciou-a à morte, caso não cedesse.
Não consigo nem imaginar um homem com estômago para balear uma mulher pelas costas, abaixar-se e, indiferente à sua agonia, encostar-lhe o revólver no ouvido e disparar de novo. É covardia demais. É frieza demais. É arrogância demais.
Como os monarcas medievais, encarou uma rejeição amorosa como um crime de lesa-majestade.
E, pior até que a rainha de copas da obra-prima de Lewis Carroll, não ordenou "cortem-lhe a cabeça!". Incumbiu-se ele mesmo de a cortar.
Sou de um tempo no qual homem de verdade, quando traído, não acertava as contas com a mulher, mas sim com o rival.
Ia decidido a matar e disposto a morrer. Como nas touradas, por mais que repudiássemos a violência primitiva, tínhamos de admitir que seu praticante assumia considerável risco.
Nem isto se pode ressalvar no ato de Pimenta Neves.
A coitada da Sandra Gomide não tinha como revidar, nem mesmo como se defender.
Foi abatida qual animal no matadouro.
Torço para que a justiça divina exista mesmo e essa regalia imerecida nada lhe traga de bom.
do Blog Náufrago da Utopia
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