247 – A organização não governamental Centro de Atendimento ao Trabalhador (CEAT), que está sendo alvo de investigação pela Polícia Federal, por desvio de R$ 47,5 milhões, em contratos com o Ministério do Trabalho e Emprego, tem como presidente do seu conselho consultivo Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo.
A organização, que tem unidades em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília, desviava recursos destinados à criação e manutenção de centros públicos de empregos e de qualificação de trabalhadores nos municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro.
A operação da PF, denominada Pronto-Emprego, teve início em janeiro deste ano e constatou o desvio dos recursos e lavagem de dinheiro desde a concessão de verbas no ministério. Além disso, foi comprovado o direcionamento das contratações, a inexecução de contratos, doações fictícias e simulações de prestações de serviço. Sete integrantes da ONG e um assessor do Ministério do Trabalho foram presos e responderão por quatro crimes: corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e peculato, cuja soma das penas pode chegar a 37 anos.
Segundo informações do site do CEAT, a instituição tem como objetivo proporcionar a inclusão socioprodutiva, fornecer qualificação profissional e a intermediação de mão de obra, além de habilitação ao seguro-desemprego e emissão de carteira de trabalho. “O CEAT ajuda a qualificar para o emprego, o que hoje parece ser prioridade. Existe a possibilidade de trabalho, mas as pessoas não estão preparadas. No momento, o Brasil é como um trem, com muitas vagas disponíveis. Precisamos ajudar essas pessoas a embarcarem no trem da história, das oportunidades, estando preparadas”, afirmou Dom Odilo Scherer, em 2010, quando houve inauguração de mais unidade do centro.
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