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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Que tal atacar os bolsos de Tio Sam?


A triste constatação de que os Estados Unidos são useiros e vezeiros em espionar o Brasil, país amigo e com o qual mantêm relações diplomáticas, comerciais e culturais amplas, tem levado as autoridades brasileiras a imaginar de que maneira podem obrigar a superpotência a desistir dessa prática. 

Por enquanto as reações têm sido apenas no campo da retórica: notas da presidente Dilma Rousseff, conversas com representantes do governo dos EUA e com o próprio presidente Obama Barack etc e tal. Nada que possa, de fato, incomodar os americanos. 

Pois eles são, de fato, os donos do mundo. Contam com uma formidável força militar, muito mais poderosa do que qualquer outra, mantida até hoje por um notável parque industrial, sua economia pode claudicar uma vez ou outra, mas ainda é a maior do mundo, sua influência cultural abrange praticamente todos os países do planeta. 

Mas essa descomunal força econômica é exatamente a maior fraqueza do gigante. 

Como todos sabem, os americanos são loucos por dinheiro. 

Fazem tudo por uns dólares a mais. Inclusive se meter em guerras em países os mais distantes possíveis, sob alegações as mais absurdas, como no caso do Iraque, e agora, da Síria. 

O Brasil tem, portanto, uma boa possibilidade de mandar um duro recado aos americanos se decidir escolher como alvo de sua reação a essa ignominiosa prática de espionagem da qual tem sido vítima os bolsos de Tio Sam. 

E como poderia ousar fazer isso? Simples. 

Primeiro: afastar a Boeing do bilionário processo seletivo para a compra de aviões de caça para a FAB. 

Segundo: cancelar o leilão do campo de Libra, da área do pré-sal, marcado para 21 de outubro, já que os americanos podem se beneficiar da espionagem promovida pela Agência de Segurança Nacional, a NSA, na Petrobras. 

Terceiro: rever todos os acordos comerciais com os americanos. Claro que medidas desse tipo iriam causar reações dos setores empresariais nativos que têm interesses nos Estados Unidos. 

Certas decisões, porém, são necessárias para estabelecer, de uma vez por todas, os limites que não poderão ser cruzados pelo poderoso "irmão" do Norte. 

Se o governo brasileiro se apequenar neste momento, pode nunca mais ter outra oportunidade de mostrar ao mundo a sua grandeza.

do Blog CRÔNICAS DO MOTTA

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