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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ESSE É O BARBOSÃO.


Joaquim Barbosa é pequeno demais para o cargo que ocupa


Tijolaço: Joaquim Barbosa e a ética do ódio 

Joaquim Barbosa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, tem um defeito terrível em seres humanos e imperdoável em juízes. 

O ódio. 

Barbosa tem outro defeito, imperdoável em seres humanos e inaceitável em juízes ou em qualquer um que ocupe função pública. 

Deixar que os ódios pessoais interfiram em sua ação funcional. 

Ambos, próprios da almas miúdas, são a negação do que a balança e a venda simbolizam na Justiça. 

E isso se revelou de forma didática no episódio estarrecedor, narrado hoje pelo Estadão, onde Joaquim Barbosa ”pede a cabeça” de uma servidora pelo fato de ela ser casada com um repórter do jornal que cobre o Supremo Tribunal Federal, a quem trata como um desafeto. 

E o faz com a arrogância própria de quem considera seus pares no Tribunal como quase subordinados, a quem, com os devidos floreios de linguagem, devem seguir suas vontades. 

Seria diferente se o caso se enquadrasse em alguma regra ou norma do STF e de todo o Judiciário que proibisse a cessão de servidores de outros órgãos recém-aprovados para aquelas repartições. 

Porque a lei, sempre afirmam, é erga omnes, é para todos. Mas não é assim. 

É um ato dirigido contra uma única pessoa e sua motivação é exclusivamente o ódio que vota a seu companheiro, a quem já mandou “chafurdar no lixo”. 

Como, depois de um ato assim, dizer impossível que outros fatos, como a prisão da jornalista do Estadão, semana passada, em sua palestra na universidade americana de Yale, não derivem de seus arreganhos autoritários? 

Joaquim Barbosa copia o pior da mente do senhor das fazendas coloniais: a ideia do poder absoluto. 

“Não vou com a cara dela” não é motivação legítima para um ato de autoridade, mesmo o de solicitar algo a outro ministro. 

Até aí apenas horrível, mas é seu direito, desde que não extravase para seus atos e seja apenas mais um espasmo a lhe motivar caretas e muxôxos quando não se vê atendido. 

Quando isto passa ao mundo dos fatos administrativos ou jurídicos, deixa de ser horrível para ser intolerável. 

E quando isso ocorre com o presidente da mais alta corte do país, passa a colocar em risco todo o equilíbrio da Justiça. 

O Dr. Joaquim Barbosa tem um tamanho pequeno demais para o cargo que ocupa. 

E critérios éticos e de decoro diferentes para si e para os outros, como se provou no episódio da constituição de uma empresa fictícia para livrar-se dos impostos da compra de um apartamento em Miami. 

Um mérito, porém, não se pode lhe negar. 

O de mostrar, pela negação, a grandeza que um magistrado deve ter. 

Por: Fernando Brito

do BLOG DE UM SEM-MIDIA

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