Construtoras subornavam funcionários da prefeitura de São Paulo para pagar menos impostos sobre imóveis novos.
Gatunagem no ISS estimada em R$ 500 milhões.
Operações do tempo em que Kassab era o prefeito.
As multinacionais Alstom e Siemens pagavam propinas a funcionários do governo de São Paulo para ganhar contratos de trens e metrô.
O superfaturamento beira outros R$ 500 milhões.
Depois de perdida a solicitação de investigação numa gaveta do Ministério Público em São Paulo, mas com novo pedido encaminhado pela Suíça o MP vai voltar a vasculhar o caso Alstom.
Investigar subornos que teriam sido pagos, segundo revelações das próprias empresas, nas licitações de trens e metrôs em São Paulo ao longo de 20 anos, em governos do PSDB.
Assim está montado o cenário para batalhas do ano eleitoral de 2014: a oposição atacará com o caso chamado "mensalão do PT". Apontará para os condenados já presos, ou cobrará: -Por que os condenados ainda não estão presos?
Os governos federal e o municipal de São Paulo terão dois alvos: a corrupção na licitação de trens e metrô e a roubalheira na prefeitura. Mas, antes, terão que explicar: Kassab e seu PSD são ou não são aliados do governo, dos governos?
Antonio Donato, secretário de governo de Haddad, recebeu ou não R$ 200 mil para campanha eleitoral?
Doação que, segundo escutas, teria sido feita por um dos fiscais presos, Luis Alexandre Cardoso de Magalhães. Respondidas tais perguntas, virão os tiros na oposição.
Mauro Ricardo foi secretário das Finanças de Serra na prefeitura.
Foi secretário da Fazenda no governo Serra. Voltou a ser secretário das Finanças com Kassab e era chefe imediato de Ronilson Bezerra Rodrigues.
Ronilson foi Subsecretário da Receita na gestão Kassab.
Ronilson é, por ora, o principal suspeito nesse propinoduto de R$ 500 milhões.
Em dezembro, Mauro Ricardo mandou arquivar denúncia contra Ronilson.
Mauro Ricardo agora se diz "traído", se verdadeiros os fatos. Alega que a assessoria jurídica concluiu não existirem indícios contra Ronilson.
A prefeitura vai investigar ao menos 15 construtoras suspeitas de envolvimento no esquema.
A multinacional canadense Brookfield já admitiu ter pago R$ 4 milhões para fiscais da prefeitura. Tais construtoras, incorporadoras, são poderosas. Mesmo quando não contribuem legalmente para campanhas políticas ajudam como podem. Cabe então uma dúvida.
Por que, quando as construtoras, as incorporadoras foram achacadas por fiscais, um executivo ou mesmo o dono não deu um mero telefonema?
Por que não ligou para o prefeito Kassab, ou para o secretário Mauro Ricardo e denunciou:
-Prefeito… secretário… seus fiscais estão pedindo propina para liberar prédios novos…e assim eu pagaria menos ISS…
Talvez tenham tido problemas na linha.
Esse silêncio súbito nas linhas telefônicas levou gigantes do setor da construção a uma grande economia. E custou R$ 500 milhões à cidade de São Paulo.
Assim não há IPTU que pague a conta.
do Blog JANELA DO ABELHA
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