Professora se recusa a dar entrevista ao detrito sólido. O Plim-Plim deu …
Como se sabe, o Ministro Plim-Plim deu aquela histórica entrevista ao detrito sólido, e torpe, em que lava as mãos em relação ao Dirceu.
Na mesma entrevista, disse sobre a Ley de Medios o que a Globo Overseas gosta de ouvir.
O ministro Plim-Plim, segundo o Mino Carta – ou será Trim-Trim ? – poderia aprender com a professora Silvia Viana, segundo o navegante Peixoto:
Peixoto-Pres.Prudente/SP
“Veja” isso, um verdadeiro tapa na cara do pessoal da Veja:
A socióloga Sílvia Viana é doutora pela USP e autora do livro “Rituais de sofrimento”. Procurada pela Veja para conceder uma entrevista sobre o BBB 14, ela negou o pedido. Mas não foi um simples não, foi uma aula, curta e rápida, do que é a “coisa feita em papel couché”.
Leia abaixo sua resposta à solicitação de Veja enviada por e-mail ao jornalista encarregado da tarefa de convidá-la.
“Respondo seu e-mail pelo respeito que tenho por sua profissão, bem como pela compreensão das condições precárias às quais o trabalho do jornalista está submetido. Contudo, considero a ‘Veja’ uma revista muito mais que tendenciosa, considero-a torpe. Trata-se de uma publicação que estimula o reacionarismo ressentido, paranoico e feroz que temos visto se alastrar pela sociedade; uma revista que aplaude o estado de exceção permanente, cada vez mais escancarado em nossa “democracia”; uma revista que mente, distorce, inverte, omite, acusa, julga, condena e pune quem não compartilha de suas infâmias – e faz tudo isso descaradamente; por fim, uma revista que desestimula o próprio pensamento ao ignorar a argumentação, baseando suas suposições delirantes em meras ofensas.
Sendo assim, qualquer forma de participação nessa publicação significa a eliminação do debate (nesse caso, nem se poderia falar em empobrecimento do debate, pois na ‘Veja’ a linguagem nasce morta) – e isso ainda que a revista respeitasse a integridade das palavras de seus entrevistados e opositores, coisa que não faz, exceto quando tais palavras já tem a forma do vírus.
Dito isso, minha resposta é: Preferiria não.
Atenciosamente, Sílvia Viana”
E se os ministros da Presidenta Dilma se recusassem a dar entrevista à GloboNews ?
E se o Palácio do Planalto, todo dia, refutasse as mentiras dos telejornais (sic) do Gilberto Freire com “ï” (*)?
Ah, professora Silvia, dá um pulinho ao Palácio do Planalto …
Que saudades do Brizola … (clique aqui para ver que a Globo dizia que o sambódromo ia cair ) !
Paulo Henrique Amorim
(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.
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