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domingo, 27 de julho de 2014

Alinhada ao assassino, Veja condena Itamaraty



"Capa da revista semanal que adota posições cada vez mais extremistas aponta "apagão na diplomacia" e "falência moral da política externa de Dilma"; com seu radicalismo, revista da família Civita sai em defesa do carniceiro Benjamin Netanyahu, que foi responsável pela morte de mais de mil pessoas nos últimos vinte dias e capaz de bombardear até um hospital e uma escola das Nações Unidas 

Brasil 247 

Responsável pelo primeiro voto, em 1947, pela criação de Israel, o Brasil sempre foi um aliado da causa judaica. 

No entanto, a política externa do Itamaraty também sempre foi pautada pela defesa dos direitos humanos. 

Foi exatamente neste contexto que o chanceler Luiz Alberto Figueiredo divulgou uma nota em que condenava "energicamente" a ação desproporcional de Israel no conflito da Palestina, que, em menos de vinte dias, matou mais de mil pessoas. 

Neste período, o governo do chanceler Benjamin Netanyahu assassinou mulheres, crianças e foi capaz até de bombardear um hospital e uma escola da Organização das Nações Unidas, levando o secretário Ban-Ki-Moon a se dizer "estarrecido". 

De acordo com as Nações Unidas, Netanyahu deve ser investigado por "crimes de guerra" e até mesmo o maior aliado de Israel, o governo dos Estados Unidos, tem se mostrado desconfortável com o banho de sangue. 

Ontem, o secretário de Estado, John Kerry, pediu uma trégua que impedisse a continuidade da matança. 

No entanto, Netanyahu tem, a seu lado, a família Civita, que edita a revista Veja, cuja capa desta semana se dedica a a apontar o que seria o "apagão na diplomacia" e a "falência moral da política externa do governo Dilma". 

Internamente, a revista aponta o que seriam sinais de "nanismo" do Itamaraty. Um desses, curiosamente, seria até a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, numa reunião do G-20, quando chamou o ex-presidente Lula de "o cara". 

Ou seja: na lógica de Veja, um elogio de Obama no G-20, organismo que deve muito ao Brasil, diminuiria o País. 

Com a capa desta semana, Veja se coloca à extrema direita e se isola até de mesmo seus leitores. 

Responsável pela formulação da política externa do candidato Aécio Neves (PSDB-MG), o embaixador Rubens Barbosa concordou com a posição adotada pelo Itamaraty. 

Neste sábado, a jornalista Mônica Bergamo também informa que o presidente da Confederação Israelita Brasileira, Claudio Lottenberg, se disse indignado com a grosseria do porta-voz Yigal Palmor, que chamou o Brasil de "anão diplomático". 

Em editorial, o jornal Estado de S. Paulo condenou o que chamou de "baixaria israelense". 

Veja, assim, se isola, assim como o carniceiro Benjamin Netanyahu. Os dois, na verdade, se merecem."


do BLOG DO SARAIVA

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