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sábado, 29 de novembro de 2014

ESCOLHA DE DILMA NA ECONOMIA MINA GOLPISMO

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Clima beligerante que se estendeu pelo país, mesmo após o encerramento do segundo turno, no final de outubro, caminha para o arrefecimento completo; as duras críticas feitas pela oposição à presidente Dilma Rousseff depois do pleito, que visavam a uma tentativa de tirar dela a legitimidade de sua reeleição, prenunciavam uma tentativa clara de golpe; mas, estrategicamente, a presidente soube lidar com esse clima inóspito; e começou pela economia, o setor mais complexo e com as dificuldades mais explícitas; Dilma surpreendeu nomeando uma equipe, que agradou ao mercado e frustrou as expectativas da oposição; o que o PSDB poderá dizer contra o novo ministro Joaquim Levy?; esvaziamento do protesto contra Dilma neste sábado (29) em São Paulo é sinal de que a sociedade acompanha (e aprova) os primeiros atos de Dilma 

29 DE NOVEMBRO DE 2014 ÀS 21:07

247 - O clima beligerante que se estendeu pelo país, mesmo após o encerramento do segundo turno, no final de outubro, caminha, finalmente, para o arrefecimento completo. As duras críticas feitas pela oposição à presidente Dilma Rousseff depois do pleito, sobretudo na área econômica, que visavam a uma tentativa de tirar dela a legitimidade de sua reeleição e a autonomia do seu governo, prenunciavam uma tentativa clara de golpe. Mas, estrategicamente, a presidente soube lidar com esse clima pouco favorável a ela. E começou pela economia, o setor mais complexo e com as dificuldades mais explícitas. Ela surpreendeu nomeando uma equipe, que agradou ao mercado e frustrou as expectativas da oposição.

Com o anúncio do economista Joaquim Levy na Fazenda, o PSDB, partido do candidato derrotado Aécio Neves, se vê diante de uma encruzilhada. Como criticarão o novo ministro se ele é visto com muitas afinidades com o tucanato na forma como enxerga o comando da economia? Sem munição para lidar com este quadro, o PSDB vai apostar todas as suas fichas na operação Lava Jato. E, segundo o jornalista Josias de Souza, torcerão para que Levy logo verifique que Dilma não lhe dará a autonomia de que necessita para recolocar a economia nos trilhos. Nessa perspectiva, avalia a oposição, o novo ministro da Fazenda não seria uma solução, mas uma nova crise esperando para acontecer.

Estranho que o PSDB acredite realmente neste cenário de atrito entre Dilma e Levy. Ambos conversaram muito antes de chegar ao consenso da nomeação dele para a Fazenda. Além disso, a política econômica do país continuará sendo dirigida pela presidente, que é uma economista. Da parte de Levy se espera aquilo que ele opera bem: a racionalização dos gastos públicos. Afinados, Dilma e Levy tendem a desenvolver uma política mais racional, do ponto de vista do mercado, mas sem esquecer a clara posição do governo de investimento na área social, marca das gestões petistas.

Perante ao mercado e às instituições financeiras e produtivas, a nova equipe econômica foi muito bem recebida. Até dentro do PSDB, os elogios saltaram. O governador Marconi Perilo, de Goiás, elogiou os novos integrantes do governo federal. "Experientes e respeitados pelo mercado", disse ele sobre Levy e sobre Nelson Barbosa (Planejamento). Declaração de Perilo é uma sinalização de que os radicais do PSDB podem ficar isolados se mantiverem o discurso da crítica exagerada. 

Da sociedade em geral, o sentimento que surge é também de aprovação dos primeiros passos de Dilma. A manifestação favorável ao impeachment da presidente, que ocorreu na tarde deste sábado (29), em São Paulo, viu seus adeptos minguarem a 6% do contingente do protesto anterior, que se deu há 15 dias. De 10 mil pessoas em 15 de outubro sobraram 600 manifestantes, que, inclusive, brigaram entre si, com a maioria expulsando o grupo que pedia o retorno da ditadura militar. Entre um evento e outro, o anúncio da nova equipe foi o fato mais contundente no campo político e econômico.

O que dá para se depreender de todo este processo, que, frise-se ainda está em seu nascedouro, uma vez que Dilma ainda nem tomou posse para o segundo mandato, é que a presidente está mais atenta aos movimentos que acontecem ao seu redor. Ela soube atingir o ponto central das críticas da oposição ao mexer logo na equipe econômica. Assim mina o discurso de Aécio Neves, que, tenta manter viva a chama da disputa eleitoral, numa espécie de terceiro turno. Como assinalou o jornalista Ricardo Kotscho, "quem pode ser contra o que disse Joaquim Levy, o chefe da nova equipe, que trabalhou na gestão econômica de Fernando Henrique Cardoso e foi Secretário do Tesouro no primeiro governo Lula, destacando-se tanto nas funções públicas como na iniciativa privada?".



Brasil 247

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