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sábado, 20 de dezembro de 2014

Cuba e EUA: “Reaproximação é derrota do imperialismo e vitória da revolução”


Boston Public Library
Para o conselheiro da Telesur, Beto Almeida, a pressão sobre a “direita obscurantista” estadunidense para aprovar o fim do embargo vai aumentar
18/12/2014
Por Bruno Pavan
Da Redação
Mais de meio século depois da Revolução Cubana comandada por Fidel Castro, ontem (17), os presidentes estadunidense e cubano anunciaram a reaproximação diplomática entre os países.
Barack Obama e Raul Castro começaram as conversas para a reaproximação em reuniões secretas há 18 meses. Mediada pelo Canadá e pelo papa Francisco, as conversas levaram à libertação de prisioneiros que ambos os países mantinham.
Para Beto Almeida, jornalista e conselheiro da Telesur (canal de TV pública da América Latina), a reaproximação é uma vitória do povo cubano e uma grande derrota do imperialismo.
“O povo cubano resistiu por décadas ao isolamento e venceu. Cuba se tornou um país importantíssimo no mundo tanto na área da saúde e na educação. Cuba nunca precisou abrir mão de seus princípios para se reestabelecer no mundo”, avalia.  
Integração
Todos os países latino-americanos condenam o bloqueio econômico a Cuba. Várias novas frentes de integração foram tomadas na última década, entre elas a Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), que incluiu Cuba em seus países membros.
Essa nova ideia de integração regional, desenvolvida pelos governos de esquerda e centro-esquerda da região, foi importante para que os Estados Unidos aceitassem abrir o diálogo diplomático com Cuba, de acordo com Almeida.
“A América Latina fez o contrário do que os Estados Unidos fizeram com Cuba durante todo esse tempo. Chamaram para construir junto uma política regional independente e colocaram o país no mapa da América Latina. O porto de Mariel, por exemplo, é reflexo dessa estratégia geopolítica. Com ele, Cuba se aproximará muito de Brasil e China e dinamizará a sua economia”, disse.
Próximos passos
A abertura do diálogo feita nesta quarta-feira não significa que o embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba terá fim. Para isso, o Congresso estadunidense teria que votar o fim das leis Torricelli e Helms-Burton. No entanto, a iniciativa significa um primeiro passo para que as relações econômicas voltem ao normal.
“Claro que muitos debates ainda vão acontecer, mas a pressão sobre a direita obscurantista estadunidense para aprovar o fim do embargo vai aumentar. Esse é o caminho”, finalizou.

do BRASIL DE FATO

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