REGULAÇÃO DA MIDIA,JÁ!

REGULAÇÃO DA MIDIA,JÁ!
PARA ACABAR COM O MONOPÓLIO

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Foto: Barão de Itararé
É a segunda vez em uma semana que representantes da sociedade civil são recebidos com truculência pela Polícia Legislativa, sob o comando do presidente da Casa, Eduardo Cunha.

14/04/2015
Da Redação
De São Paulo (SP)
 
 Pedro Vilella sendo detido pela Polícia Legislativa Foto: Barão de Itararé
Ativistas pelo direito à comunicação foram detidos e expulsos nesta terça-feira (14) no plenário da Câmara dos Deputados, na capital federal, quando tentavam abrir faixas que diziam que a Rede Globo apoiou a ditadura. A emissora era homenageada pelos parlamentares em sessão solene para comemorar seus 50 anos. Foram detidos Lucas Rezende, Esther Othoni e o secretário-executivo do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Pedro Rafael Vilela.

Veja o vídeo publicado no Facebook com Vilela sendo levado pela Polícia Legislativa.
É a segunda vez em uma semana que representantes da sociedade civil, sob o comando do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), são recebidos com truculência pela Polícia Legislativa. 
O alvo foram sindicalistas e representantes de movimentos sociais que protestavam contra a aprovação do Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização para todas as atividades de uma empresa, precarizando as relações trabalhistas.
Em nota, o fórum repudiou o cerceamento à liberdade de expressão pela polícia da Câmara. 
“Além de não ter permitido a abertura da faixa, numa evidente violação do direito constitucional à liberdade de expressão, o espaço já havia sido fechado para não convidados, diferente do que costuma acontecer em sessões solenes”, assinala o texto. Segundo a organização, estudantes que não tinham convite foram retirados do plenário por seguranças e as galerias estavam fechadas.
Na avaliação do FNDC, o caso mostra a força do poder midiático, a forte relação dele com a esfera política e o quanto isso é prejudicial para a democracia brasileira. “A defesa da liberdade de expressão, alegada pela Rede Globo quando são reivindicadas mudanças na legislação do país sobre a comunicação, só vale para um lado. É por isso que reiteramos a urgência do debate público sobre a regulação da mídia em nosso país”, aponta a nota.
A Câmara dos Deputados informou, por meio da assessoria de imprensa, que os manifestantes foram convidados a se retirar, pois não é permitida a abertura de faixas ou manifestações que perturbem a sessão. A assessoria negou que tenha havido truculência e não confirmou a detenção dos ativistas.
Globo apoiou a ditadura
Movimentos sociais e organizações de juventude planejam um ato para o próximo dia 26, na capital paulista, para o que eles chamam de “descomemoração” do aniversário da Rede Globo. O apoio da emissora ao golpe militar de 1964 é o principal mote da mobilização. Apenas em 2013, quando virou foco de crítica nos protestos de junho, a Globo reconheceu, em editorial no seu principal jornal, ter sido um erro o apoio à quebra da ordem democrática e aos militares.
Os organizadores criticam também o fato de que a emissora é expressão do monopólio exercido pelos meios de comunicações, que estão concentrados nas mãos de poucas famílias no Brasil. Outra pauta do protesto é a cobertura criminalizadora feita pela emissora de movimentos sociais, como sem-terra e sem-teto, segundo avaliação dos manifestantes.
O Brasil de Fato tentou contato com a Rede Globo de Televisão, mas a emissora não disponibiliza em seu site oficial números de contato para a assessoria de imprensa.
Confira aqui a íntegra da nota do FNDC.

do Brasil de Fato

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