O fazendeiro Múcio Tolentino teve sua dívida de R$ 250 mil com o Estado de Minas Gerais considerada quitada pela Justiça graças a uma indenização que ele tem a receber pela desapropriação do terreno onde o aeroporto do município de Cláudio foi construído a mando de Aécio Neves, então governador; a pendência judicial do tio-avô do senador tucano se deve a uma condenação em maio deste ano por ter usado dinheiro público para fazer uma pista de pouso no mesmo local onde depois foi construído o aeródromo; se confirmada a indenização no valor de R$ 1 milhão, Toletino ainda receberá de volta R$ 750 mil; ao comentar o caso, o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, chama a Justiça mineira de "uma instituição 'de família'"; "Ganha-se um aeroporto privê, quita-se dívida e ainda tem uma 'volta'"
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, trata-se do fazendeiro Múcio Tolentino, de 90 anos, condenado em maio deste ano a devolver aos cofres estaduais R$ 250 mil por ter construído, em 1983, uma pista de pouso dentro de sua fazenda, no município de Cláudio, quando ele era prefeito da cidade.
O Ministério Público entendeu que Múcio se apropriou de um bem público e entrou com ação civil contra ele. Devido a ação, o tio-avô de Aécio ficou impedido de vender a área, que foi bloqueada pela Justiça.
Em 2008, o então governador Aécio Neves mandou construir um aeródromo no mesmo local, desapropriando a área.
O tucano reservou R$ 1 milhão em uma conta para futura indenização do dono das terras, seu parente.
O dinheiro só poderia ser pago, por determinação da Justiça, depois que a ação contra Múcio fosse concluída – o que aconteceu no dia 20 de maio de 2015. O juiz Jacinto Copatto Costa decidiu, então, que o tio-avô de Aécio poderia descontar sua dívida na indenização que ainda tem a receber.
Caso o valor de R$ 1 milhão seja mantido, o fazendeiro ainda receberá ao menos R$ 750 mil pela área, depois de ter construído uma pista de pouso com dinheiro público em seu próprio terreno e de seu sobrinho-neto ter feito o mesmo – com mais estrutura e recursos – no mesmo local.
Ao comentar o caso, o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, chama a Justiça mineira de "uma instituição 'de família'". "Ganha-se um aeroporto privê, quita-se dívida e ainda tem uma 'volta'. Que beleza!", ironiza.
do Brasil 247
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