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domingo, 13 de dezembro de 2015

"Os direitos sociais no Brasil estão ameaçados", diz ministro da Cultura


Ministro Juca Ferreira cede entrevista exclusiva e analisa conjuntura política
11/12/2015
Por Rodrigo Otávio,
Do Rio de Janeiro (RJ)

  
Ministro participou do Festival Emergências, no Rio | Foto: Rodrigo Otávio  









Um festival que reúne cultura, ativismo, arte e política promovido pelo Ministério da Cultura. Este é o Emergências, que ocorre até domingo (13), em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro (RJ), com epicentro na Fundição Progresso e no Circo Voador.
A programação conta com a participação de mais de 300 convidados em mesas de debate, rodas de conversas, percursos, shows e atividades culturais. A entrada é livre e a participação popular estimulada, com a possibilidade de em uma roda de conversa sob os arcos da Lapa o ministro da Cultura estar ao seu lado. Aliás, vale a pergunta aos golpistas de plantão: Em que outro governo neste país um ministro falaria sobre sua pasta em uma praça?       
Confira a entrevista. 
Brasil de Fato O que é o Emergências e quais os objetivos do Ministério da Cultura com ele?
Juca Ferreira - O Emergências é um evento que procura relacionar as políticas culturais com temas que são importantes para a humanidade e para o Brasil; tipo combate ao racismo e à discriminação e a luta pela igualdade entre brancos e negros, as questões ligadas à igualdade entre homens e mulheres e a luta das mulheres por igualdade de direitos e oportunidades, a luta pela sustentabilidade ambiental e mais uns vinte temas que estão sendo tratados. O Ministério promove uma reunião que acaba ganhando conotações latino-americana e mundial, já que veio gente dos EUA, da Inglaterra, da Espanha e de outros países. Cerca de cinco mil pessoas já passaram pelo evento.
Quais as expectativas do governo em relação às demandas e pautas que virão dos participantes?
Avançar a consciência, criar a possibilidade de uma reflexão e que esse encontro acabe sendo uma contribuição para o avanço da sociedade no tratamento desses temas.
O senhor está na praça dos arcos da Lapa e acabou de passar por rodas de conversas de indígenas e negros, duas das principais matizes da formação do povo brasileiro. Entre avanços e retrocessos dos últimos anos, quais os riscos que elas correm hoje?
Os direitos sociais no Brasil, em geral, estão ameaçados. A situação política que se discute hoje é pelo retrocesso ou pelo avanço. Evidente que eu sou favorável aos avanços, espero que a gente consiga continuar esse processo que começou a partir da redemocratização (1985) e constituir uma sociedade de direitos.
O senhor chamava a atenção para a participação dos não exatamente negros ou indígenas nesse processo. O que eles devem fazer?
Primeiro: consciência! Apoiar essas lutas! Depois estabelecer relações que sejam igualitárias e respeitosas, e terceiro apoiar as plataformas no Congresso e na política institucional a favor desses direitos.
Estamos vivendo uma conjuntura política difícil, com riscos para a continuidade desses avanços. Qual a avaliação do senhor e qual o recado que o senhor dá para a população?
Acho que estamos vivendo um momento difícil, de confronto entre os que querem regredir, tem até os que falam em ditadura militar de volta, e os que querem avançar na democracia para ampliar os direitos sociais e as liberdades. Acho que todos têm que participar, é um momento no qual toda a população tem responsabilidades

do Brasil de Fato

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