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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

MIRIAN DUTRA X FHC X GLOBO X CONTI - onde estão os jornalistas, que não investigam?

ENTREVISTA DE EX-AMANTE DE FHC AO DCM INAUGURA UMA NOVA ERA


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DO PORTAL O CAFEZINHO
Ao final da entrevista exclusiva de Dutra ao blog DCM, ela pergunta: "Está na hora de quebrar a blindagem desse pessoal. Mas onde estão os jornalistas, que não investigam?”
Pois é...
Essa entrevista é realmente uma bomba, em vários sentidos.
Um deles é desnudar o cartel podre da mídia, que funciona com uma lógica de máfia, blindando-se uns aos outros.
Para a Folha, só notícias publicadas na Globo são válidas, e vice-versa. É como se não existisse vida fora desse universo medíocre e sufocante.
As pautas são sempre as mesmas. As manchetes são sempre as mesmas. Até os colunistas são os mesmos.
Os colunistas da Folha vão trabalhar na Globonews.
A colunista da Folha sai para trabalhar na Veja.
O colunista da Veja sai para trabalhar no Globo.
É sempre o mesmo círculo vicioso.
Neste fim de semana, porém, aconteceu algo novo no Brasil.
As revistas semanais deram capa a ataques sórdidos - sórdidos, redundantes e tediosos - ao governo, sempre com base em informações fornecidas por setores delinquentes do Estado, em especial este setor do Ministério Público que passou a agir como partido político e vaza - seletivamente - informações sigilosas às revistas. ´
A seletividade é tripla, ou quádrupla. O setor partidário do MP investiga seletivamente, depois colhe resultados seletivos da investigação, depois vaza seletivamente, para mídias selecionadas. A mídia publica seletivamente.
O objetivo é sempre partidário, o que é uma prática criminosa se feita por agente do Estado, e antiética, se tomada por uma imprensa que ainda posa de isenta e "profissional".
Neste final de semana, porém, todas as hipocrisias ruíram.

A entrevista de Miriam Dutra ao blog Diario do Centro do Mundo (DCM) divide as águas da história da imprensa brasileira.

Em outros tempos, uma entrevista dessa só poderia sair numa revista semanal, ou jornalão.

Hoje em dia, uma entrevista assim só poderia sair num blog independente, único espaço com abertura editorial para publicar uma matéria que não interesse à máfia midiática.

Sim, porque a principal denúncia de Miriam não é a prática de corrupção do governo FHC, coisa que sempre soubemos, até porque há livros e reportagens sobre isso. 

O governo FHC foi corrupto em diversos níveis, e o uso de caixa 2 foi o menos grave dele.

A corrupção usada para vender patrimônio nacional, tentar vender a Petrobrás, e, sobretudo, comprar a emenda da reeleição, esta sim é algo que nunca tivemos no Brasil e o PT nunca fez após chegar ao poder.

Mas isso já sabíamos, e sempre houve provas. A imprensa é que, parte interessada, sempre agiu para jogar essas histórias para debaixo do tapete, embora ela mesmo tenha publicado várias denúncias no passado (que nunca se transformaram em campanhas, contudo). E o MP, instrumento de classe e de partido, também nunca se aprofundou em relação a essas denúncias - até porque o MP só investiga o que a velha mídia lhe dá espaço para investigar.

A novidade na entrevista de Miriam é que ela destrói o mito de invisibilidade da mídia.

A mídia não quer aparecer na opinião pública como o agente protagonista nos jogos sujos da política. Ela quer posar apenas de "imprensa livre".

Mas não é mais nem imprensa nem livre. A mídia hoje é um cartel, patrocinado por interesses obscuros.

Se a entrevista de Miriam fosse publicada na Globo, os jornalões iriam reproduzi-la e repercuti-la imediatamente.

Como farão agora?
Se não repercutirem, estarão dando recibo de que são mesmo uma máfia.

Se repercutirem, estarão não apenas denunciando a si mesmos, mas dando visibilidade a este outro setor da opinião pública que eles fingem desesperadamente não existir: a blogosfera!

Hoje é dia de brindar a uma nova era.

Talvez ainda demore um pouco para que esta nova era tenha efeitos políticos consistentes, e chegue ao povão, pois o poder da máfia midiática ainda é hegemônico no campo da comunicação de massa.
Mas alguma coisa se quebrou definitivamente dentro da mídia. Alguma coisa que nunca mais será a mesma.
Viva! Viva! Viva!

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