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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Presidente da Petrobrás e seu marido

A nova Presidente da Petrobrás., Maria das Graças Foster é casada com Colin Vaughan Foster. Até aí, nenhum problema. Muita gente do governo é casado. 


Mas este fato tão pueril vem causando mal estar na Petrobrás. Nos últimos três anos, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da Petrobrás. Entre 2005 e 2007, apenas um processo de compra (sem licitação) havia sido feito com a empresa do marido de Graça, segundo a Petrobras.


A C.Foster, que já vendeu R$ 614 mil em equipamentos para a Petrobras, começou na década de 1980 com foco no setor de óleo e gás, área hoje sob a responsabilidade de Graça Foster. Antes de a C.Foster firmar esses 42 contratos com a Petrobras, a relação de Graça com a empresa do marido, Colin Vaughan Foster, já havia gerado mal-estar.


Em 2004, uma denúncia contra a engenheira, relacionada ao suposto favorecimento à empresa do marido, foi encaminhada à Casa Civil. O então ministro José Dirceu pediu esclarecimentos ao Ministério de Minas e Energia, sob o comando de Dilma.


A Petrobras nega ter beneficiado a empresa do marido da diretora de Gás e Energia, Maria das Graças Foster. Informou, por meio da assessoria, que a engenheira não assinou nenhum processo de compra nem participou da contratação da C.Foster. Como os contratos com a C.Foster "não foram realizados por qualquer área subordinada à diretora de Gás e Energia", não há impedimento para a empresa do marido de Graça Foster ser fornecedora, diz a estatal.


A resposta da Petrobrás ao jornal O Globo e à CBN foi a seguinte:


A respeito de matéria publicada hoje (14/11) na imprensa, a Petrobras esclarece que não houve favorecimento à empresa C. Foster e que não houve qualquer irregularidade nas pequenas compras de componentes (e não contratações, como publicado). A Petrobras reafirma que 20 compras foram realizadas por dispensa de licitação, pois os valores foram abaixo de R$ 10 mil. 


As demais foram feitas por meio de processo licitatório, conforme estabelece o Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais da Petrobras. A C. Foster não foi a vencedora em mais de 90% das licitações da Petrobras de que participou. Portanto, nunca houve favorecimento à empresa. De 2005 a 2010, as compras somaram R$614 mil, contra os cerca de R$50 milhões que a Petrobras adquiriu no período de outras empresas que fornecem os mesmos tipos de materiais da C. Foster. As compras foram feitas por quatro áreas da Companhia, nenhuma delas vinculada à Diretoria de Gás e Energia.


Tratam-se, portanto, de compras realizadas em estrita conformidade com as normas – tanto com as que regulam os procedimentos de aquisição de equipamentos e serviços da Petrobras quanto com as que versam sobre a conduta ética dos administradores da Companhia. 


A Petrobras tem processos de pequenas compras realizados diretamente e descentralizados pelas unidades da Companhia. No caso concreto, as pequenas compras realizadas pelas áreas de Tecnologia de Informação e Telecomunicações – TIC, Serviços Compartilhados e Exploração e Produção, feitas no período de 2007 a 2010, totalizaram 42 processos de compras de componentes eletrônicos que somaram o valor de R$ 599 mil, sendo 20 processos realizados por dispensa de licitação em razão do valor ser abaixo de R$ 10 mil e os 22 restantes, por meio de processo licitatório, conforme estabelece o Decreto nº 2.745/98 e o Manual de Procedimentos Contratuais. 


Cumpre informar que a Petrobras tem inúmeros fornecedores de componentes eletrônicos, cujo volume anual de compras é de cerca de R$ 10 milhões.


Segundo o site da empresa, A C.Foster é um grupo empresarial brasileiro, com mais de 20 anos de atuação nos segmentos de tecnologia e telecomunicações. A empresa iniciou suas atividades com foco no setor de óleo e gás. Após a abertura do mercado de telecomunicações, a C. Foster expandiu sua atuação para outros setores, tais como mineração, broadcast e marítimo.




Interessante que assim que se confirmou a nomeação de Maria das Graças para dirigir a Petrobrás, foi disseminado que ela teria crescido no Morro do Adeus, no Rio de Janeiro, que hoje integra o Complexo do Alemão. Eu mesmo divulguei neste blog matéria do Valor Econômico que informava que até os 12 anos ela catava papel e lata na rua para custear os estudos. Já se tratava de uma contra-informação.

Postado por Rudá Ricci 

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