Nelson Marquezelli (PTB/SP) afirma ainda que pode até matar alguém em sua propriedade que não irá preso.
Via Rede Brasil Atual
O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB/SP) afirmou na quarta-feira, dia 9, que sua propriedade vale mais que a vida humana.
Durante os debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição 438, de 2001, a chamada PEC do Trabalho Escravo, Nelson afirmou ser inconcebível votar a matéria, que destina a reforma agrária a terra na qual seja flagrada a utilização de mão de obra escrava.
“Se eu, na minha propriedade, matar alguém, tenho direito a defesa. Se tiver bom advogado, não vou nem preso. Mas se der a um funcionário um trabalho que será visto como trabalho escravo, minha esposa e meus herdeiros vão ficar sem um imóvel. É uma penalidade muito maior do que tirar a vida de alguém. A espinha dorsal da Constituição brasileira é o direito à propriedade”, afirmou o deputado, considerando um “crime” a apreciação da PEC.
Marquezelli foi repreendido por alguns de seus pares.
“A dignidade dos seres humanos vale mais do que o patrimônio e as coisas móveis”, lamentou Fabio Trad (PMDB/MS). Manuela D’Ávila (PCdoB/RS) acrescentou que a PEC do Trabalho Escravo está há quase oito anos aguardando por votação, mas ainda enfrenta este tipo de discurso.
“Nossa escolha é dizer se reconhecemos ou não a situação análoga ao trabalho escravo”, apontou.
“O que está em discussão é dizer o que é correto fazer com a propriedade que tem em sua extensão de terra trabalhadores em situação análoga à escravidão.”
do BLOG LIMPINHO E CHEIROSOVia Rede Brasil Atual
O deputado federal Nelson Marquezelli (PTB/SP) afirmou na quarta-feira, dia 9, que sua propriedade vale mais que a vida humana.
Durante os debates sobre a Proposta de Emenda à Constituição 438, de 2001, a chamada PEC do Trabalho Escravo, Nelson afirmou ser inconcebível votar a matéria, que destina a reforma agrária a terra na qual seja flagrada a utilização de mão de obra escrava.
“Se eu, na minha propriedade, matar alguém, tenho direito a defesa. Se tiver bom advogado, não vou nem preso. Mas se der a um funcionário um trabalho que será visto como trabalho escravo, minha esposa e meus herdeiros vão ficar sem um imóvel. É uma penalidade muito maior do que tirar a vida de alguém. A espinha dorsal da Constituição brasileira é o direito à propriedade”, afirmou o deputado, considerando um “crime” a apreciação da PEC.
Marquezelli foi repreendido por alguns de seus pares.
“A dignidade dos seres humanos vale mais do que o patrimônio e as coisas móveis”, lamentou Fabio Trad (PMDB/MS). Manuela D’Ávila (PCdoB/RS) acrescentou que a PEC do Trabalho Escravo está há quase oito anos aguardando por votação, mas ainda enfrenta este tipo de discurso.
“Nossa escolha é dizer se reconhecemos ou não a situação análoga ao trabalho escravo”, apontou.
“O que está em discussão é dizer o que é correto fazer com a propriedade que tem em sua extensão de terra trabalhadores em situação análoga à escravidão.”
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