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domingo, 31 de março de 2013

A VELHA MÍDIA DE SEMPRE - O chororô decorrente dos direitos dos empregados domésticos


É deprimente o chororô exposto pela velha mídia, para dar vazão aos sentimentos esdrúxulos da também ultrapassada classe média (ainda leitora), que se considera elite, repetindo os chavões, semelhantes aos que eram usados, quando foram conquistados os direitos dos trabalhadores ao repouso semanal remunerado. 

Se dizia à época que os mesmos ficariam mal acostumados e lenientes, estimulados que seriam, com o tempo livre, à vagabundagem e à vadiagem. 

Há cerca de dez anos eu ajudei a orientar um grupo de alunos de curso técnico (nível médio) a pesquisar a profissão de empregada doméstica, identificando sua história, os problemas, a legislação, as relações de trabalho, os conflitos, a verdadeira e falsa amizade entre patrões e empregados, "a falsa cordialidade", etc. 

Confesso que mais que orientar, aprendi. Acredito que a partir daí, pelos relatos, pelas discussões avancei nas discussões sobre o assunto, que vai muito para além de livro de ponto, horas extras, capacidade de pagamento, etc. 

Agora, vendo o avanço dos direitos destes trabalhadores, não há como não rogar: pelo amor de Deus! 

Já se passaram 40 anos que o direito à carteira assinada virou direito. É mais que passada da hora de agora se ampliar estes direitos. 

O tempo de acomodação foi muito superior (quase duas gerações) ao que seria admitido. Superemos, mesmo que de forma paulatina, o velho e surrado discurso da casa grande e da senzala, já tratado na blogosfera goitacá, pelo Douglas da Mata, aqui em sua "Planície Lamacenta", na nota "Por que choram os senhores e iaiás das Casas Grandes..." e até, pelo Gaspari, em bom texto em sua coluna deste domingo que convoca o velho Delfim, para, quem diria, afirmar que "o Brasil vive um novo processo civilizatório"

Afirma mais: " O processo civilizatório incomoda. 

Empregada com hora extra e acesso á multa do FGTS, ou sujeito de bermuda e chinelo no check-in do aeroporto, cotistas e bolsista do ProUni na mesma faculdade do Junior são estorvo para ordem natural das coisas. 

Como foram a jornada de oito horas, os nordestinos migrando para São Paulo e o voto do analfabeto". 

No mesmo texto a fala de Delfim, encerra para mim a história, mostrando que tudo isto está longe do que é socialismo: "ou tem capitalismo para todo mundo ou não tem para ninguém".

Postado por Roberto Moraes

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