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segunda-feira, 1 de abril de 2013

No Jornal Nacional, processar jornalistas é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão. Só o Kamel pode?


Ano passado, o Jornal Nacional, da Rede Globo, principal peça do jornalismo da Rede, cujo diretor geral chama-se Ali Kamel, exibiu reportagem em que criticava duramente o presidente do Equador, Rafael Correa, que havia processado um jornalista e os donos do jornal que publicou a coluna, onde o jornalista afirmava o seguinte contra Correa: 


  • Rafael Correa entrou com a ação por causa de uma coluna publicada em fevereiro do ano passado. 
  • Nela, Emílio Palácio criticava a atuação de Correa durante uma revolta de policiais em setembro de 2010. E dizia que o presidente, a quem chamava de ditador, "tinha dado ordem de abrir fogo, sem aviso prévio, contra um hospital cheio de civis e gente inocente". 


O presidente Correa os processou e a Justiça condenou jornalistas e donos do El Universo (uma Rede Globo do Equador) a três anos de prisão e ao pagamento de uma indenização de US$ 40 milhões ao presidente. 

Edições do Jornal Nacional (repito, sob Ali Kamel) criticaram a atitude do presidente Correa: 


  • A OEA poderá pedir oficialmente ao governo equatoriano que respeite os direitos humanos dos jornalistas e que faça uma revisão de todo o processo. A organização Repórteres Sem Fronteiras declarou que a decisão da Suprema Corte é um "revés catastrófico" para a liberdade de expressão. A Sociedade Interamericana de Imprensa considerou a sentença desproporcional e teme que outros veículos adotem a autocensura. [Fonte] 
  • O Instituto Internacional de Imprensa disse que ficou escandalizado com a sentença, desproporcional ao possível delito. A organização Repórteres Sem Fronteiras considerou a decisão uma intimidação judicial. 
  • O Instituto de Imprensa e Sociedade afirmou que Rafael Correa é um exemplo deplorável de abuso e falta de tolerância de um mandatário. Para a Sociedade Interamericana de Imprensa a sentença é um golpe aos princípios da liberdade de informação. [Fonte] 
  • O curioso é que o presidente do Equador, Rafael Correa, não é exatamente um defensor da liberdade de imprensa, ao contrario de Assange. O presidente equatoriano vive dizendo que a imprensa está a serviço de grandes grupos empresariais, que só querem desestabilizar as instituições. [Fonte] 


Agora, o mesmo Ali Kamel do Jornal Nacional, que criticou processos contra jornalistas como atentados à liberdade de expressão, processa jornalistas, conseguindo algumas vitórias na Justiça, ainda que em primeira instância. O último condenado foi o Azenha, do Viomundo. 

Será que o JN de hoje vai denunciar o Diretor de Jornalismo e Esportes da Rede Globo, Ali Kamel, por perseguição a jornalistas e atentado à liberdade de imprensa?

Postado por Antônio Mello

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