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terça-feira, 9 de abril de 2013

THATCHER - A "guru" do FHC, Menen, Fujimori e outros menos votados.


O julgamento popular de Margaret Thatcher 

Paulo Nogueira 
no blog Centro do Mundo

Muita gente comemorou sua morte, e ninguém chorou.

Festa para muitos na Inglaterra
Festa para muitos na Inglaterra 

Abaixo, você pode ler a essência da manifestação de Morrisey, cantor do Smiths, à morte de Thatcher. 

Cada movimento que ela fez foi marcado pela negatividade. 

Ela odiava os mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os pobres, ela odiava o Greenpeace e os todas as entidades de proteção ambiental. 

Ela deu a ordem para explodir o Belgrano já quando o navio argentino estava se afastando das Malvinas. E quando os meninos argentinos a bordo do Belgrano sofreram uma morte terrível e injusta, Thatcher deu o sinal sinal de positivo para a imprensa britânica. 

Ela odiava feministas ainda que tenha sido graças a elas que o povo britânico aceitou que um primeiro-ministro pudesse realmente ser do sexo feminino. 

Thatcher era um horror sem um átomo da humanidade.” 

Quanto a mim: sabia, evidentemente, que Thatcher era uma figura que dividia os ingleses. Mas não imaginava, até ver as reações a sua morte aqui na Inglaterra e em outras partes do Reino Unido, quanto o ódio que ela despertou suplantava o amor e a admiração. 

Horas depois do anúncio da morte, enfrentaram-se em Manchester os dois times locais, o United e o City. Não houve minuto de silêncio. A torcida teria devastado o tributo. 

Em Liverpool, os torcedores cantavam em comemoração à morte de Thatcher. Numa tragédia em que morreram muitos torcedores no estádio do Liverpool nos dias de Thatcher, a polícia acusou a torcida local – erradamente, como se veria depois. 

Thatcher condenou a torcida e apoiou a versão falaciosa da polícia. Jamais foi perdoada. 

Em Glasgow, uma multidão foi às ruas celebrar a morte. Os escoceses acham que foram tratados como subespécies por Thatcher. 

No twitter, o congressista George Galloway lembrou que ouviu Thatcher chamar Mandela, no Parlamento, de “terrorista”. (Alguém disse que houve justiça poética em Mandela, tão combalido, ter sobrevivido a ela.) 

“Que ela arda no inferno”, disse Galloway, sob numerosas manifestações de apoio e poucas de protesto. 

Alguém pediu respeito a Galloway. A melhor maneira de mostrar respeito hoje é esta, respondeu Galloway – e postou um link que ia dar no seu partido, chamado exatamente Respeito. 

Fora da galhofa, Galloway disse algo que merece reflexão. Ele comparou a reação à morte de Thatcher com a reação à morte de Chávez, um mês atrás. O povo não é bobo. 

Thatcher fez um governo dos ricos, pelos ricos e para os ricos. 

Chávez governou para os pobres. 

O reconhecimento da voz rouca das ruas — vital para o que vai ficar registrado para a posteridade nos livros – irrompe com potência sublime e comovedora na morte de pessoas públicas. É a aprovação definitiva, ou a reprovação, ou a indiferença. 

Chávez foi amplamente aprovado, como gritaram as filas de catorze horas formadas por venezuelanos desesperados por vê-lo pela última vez em Caracas – num lamento épico e histórico protagonizado não pelo Comandante, mas pelos excluídos ao longo da história por uma elite corrupta e predadora controlada pelos Estados Unidos. 

Thatcher foi reprovada.



do BLOG DE UM SEM MIDIA

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