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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Depois de Willian Waack, Fernando Rodrigues



A Folha fez uma tentativa de defender a agência norte-americana. 

Divulgou que a ABIN espionava também. Assim como a Folha. E aí a conclusão. Todo mundo espiona. 

O repórter da Veja que foi pego tentando invadir o quarto do José Dirceu num hotel em Brasília nunca mereceu da Folha o epíteto de espião. 

Claro, a Veja é parceira. 

Também não se preocupou com a espionagem da NSA, claro, é sua parceira.

A tentativa de vender a idéia de que todo mundo espiona, como faz agora o estafeta Fernando Rodrigues, é exatamente o primeiro e único argumento da NSA. Coincidência, sim, mas de bolsos cheiros… 

pergunta que os defensores da arapongagem made in USA não se fazem é se a ABIN está espionando dentro dos EUA cidadãos norte-americanos, ou, dentro dos EUA, Obama… Simples assim, o resto é colonismo! 

Por que Fernando Rodrigues nunca falou do livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, do Fernando Moraes? 

Está aí um bonito exemplo de como os EUA tratam os que espionam dentro de sua casa. 

FERNANDO RODRIGUES 

Espionagem e eleição 

BRASÍLIA – A melhor observação que ouvi sobre a espionagem de diplomatas estrangeiros por parte do governo brasileiro foi uma pergunta: 

"Você acha que a Abin é a NSA?". 

O questionamento veio de dentro da administração Dilma Rousseff. 

De fato, a Agência Brasileira de Inteligência não é a Agência de Segurança Nacional (o nome traduzido da NSA, dos EUA). 

A começar pelo orçamento e pelo acesso à tecnologia. Mas não é esse o ponto. 

A indagação adicional a ser feita é a seguinte: como atuaria a Abin se tivesse todos os recursos da NSA? 

Ou mais: resistiria a bisbilhotar a tudo e a todos como faz a contraparte norte-americana? 

Essas perguntas, é claro, não têm repostas. Teriam de ser testadas na prática –num cenário hoje inexistente. Só que ninguém está proibido de imaginar como seria o serviço secreto brasileiro desfrutando dos mesmos meios da NSA. 

O fato é que o sentimento geral do governo brasileiro foi de desalento ao ler a reportagem de Lucas Ferraz, na Folha, relatando como atuou a Abin no início do governo Lula. 

Não porque haverá alguma repercussão de grande monta no cenário internacional. Tratou-se de uma espionagem mambembe. O problema maior é a erosão do discurso eleitoral interno, já em uso e a todo o vapor. 

Dilma Rousseff havia tirado a sorte grande com o caso de espionagem dos EUA. 

Nada mais popular do que uma presidente da República se levantar, indignada, contra a intrusão ilegal dos norte-americanos nos telefonemas privados do governo brasileiro. 

Quem há de ser contra? Para melhorar as coisas, a petista maquinou uma aliança com a Alemanha na formulação de um plano mundial contra a violação de comunicações. 

Tudo ainda poderá ser usado na campanha eleitoral do ano que vem. Mas sempre haverá o contraponto da Abin seguindo estrangeiros no Brasil. 

A Abin, vá lá, não é a NSA. Já a espionagem é espionagem em qualquer lugar. 

fernando.rodrigues@grupofolha.com.br

do Blog Ficha Corrida

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