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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Dona Marilza da Silva não está envergonhada pelo contrário está encantada. Por mais que tentem não conseguiram destruir o patriotismo do povo brasileiro.#brasilhexacampeao


Brasil de corpo e alma


A torcedora nº 1 da cidade está pronta para o Mundial. 


Marilza da Silva reforçou a pintura da casa e não poupou lâmpadas, santos e equipamentos: tudo em verde e amarelo. Ela só lamenta não poder ver a Seleção na arena brasiliense 

MARIANA LABOISSIÈRE


A auxiliar de enfermagem Marilza da Silva , uma torcedora incomum, decorou a casa com os símbolos do Brasil  para a Copa do Mundo (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
A auxiliar de enfermagem Marilza da Silva , uma torcedora incomum, decorou a casa com os símbolos do Brasil para a Copa do Mundo

A confiança na conquista do hexacampeonato pela Seleção Brasileira está estampada em quase todas as paredes da casa da auxiliar de enfermagem Marilza Guimarães da Silva, 63 anos. Além das seis estrelas almejadas, a moradora do Condomínio Caravelo, no Grande Colorado, é dona de uma coleção de mais de 500 itens nas cores verde e amarela, entre eles alguns inusitados, como um ferro de passar roupas e um medidor de pressão. Com as cores da Bandeira Nacional, ela pintou o portão, os muros, as luzes da casa, além do chuveiro elétrico, o carro e até o vaso sanitário. 

Marilza não economiza nem no figurino, o que lhe rendeu os apelidos de “bandeira ambulante” e “mulher do Brasil”. É patriota dos pés a cabeça. Na coleção de esmaltes, também não há espaço para cores diferentes às do uniforme da seleção canarinho. Diz que se pudesse mudar o sobrenome, com certeza colocaria no lugar do “Silva” o “Brasil”.


No portão da casa, foram pintadas seis estrelas. Marilza está convencida de que a Seleção conquistará o hexa (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
No portão da casa, foram pintadas seis estrelas. Marilza está convencida de que a Seleção conquistará o hexa

A história de amor pelo país começou na infância, como ela mesma narra. “Pequenininha, antes mesmo de a televisão se popularizar, eu ficava grudada no meu pai enquanto ele ouvia às partidas pelo rádio. Meus tios também amavam futebol. Então, isso vem de família”, explica. 


Mãe de dois filhos e avó de sete netos, Marilza ainda teve fôlego para manter o amor pela camisa e transmiti-lo às próximas gerações. “Um filho meu quis ser jogador, mas teve uma lesão no rim. Mesmo assim, hoje ele acompanha o time do coração, o Fluminese. Os outros três meninos que criei como meus também gostam, além do meu irmão, que é especial e vive comigo desde que nasceu. Mesmo sem entender muita coisa, ele se zanga quando tiro as músicas do Brasil”, arremata, ao se referir a Marcelo, que, assim como ela, estava devidamente uniformizado ontem, quando o Correio chegou à casa da auxiliar de enfermagem.

Os guarda-chuvas, as toalhas personalizadas, a réplica da taça e as camisas do Brasil também chamam a atenção. Segundo ela, são 80 uniformes. Parte deles ficará pendurada em uma arara no dia do primeiro jogo da Seleção — contra a Croácia, em São Paulo. 


“Virão 50 pessoas para assistir e estamos pensando em montar um telão. Agora, ninguém pisa aqui usando outra camisa”, avisa. 

Segundo ela, uma das convidadas é a mãe do Lúcio — jogador brasiliense que atuou por muitos anos como zagueiro do elenco brasileiro. 

A Bandeira do Brasil e o símbolo da CBF dão as boas-vindas aos que chegam à casa de Marilza, no Grande Colorado (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
A Bandeira do Brasil e o símbolo da CBF dão as boas-vindas aos que chegam à casa de Marilza, no Grande Colorado

Marilza aposta tanto no resultado de 3 X 1 no primeiro jogo que cravou os números em um placar em miniatura. Para garantir a conquista, ela seguirá fielmente um ritual, com o propósito de passar sorte ao grupo que entrará em campo em 12 de junho contra a Croácia. “Vou usar escova de dentes, escova de cabelo e roupas nas cores verde e amarela. Além disso, vou acender luzes, que pintei do mesmo tom e, para finalizar, uma vela”, detalha ela, apontando para o altar que construiu. Nele, São Judas Tadeu também está pintado nas cores do Brasil, enquanto os outros santos trazem nas mãos bandeirinhas do país. 

Nem o papa Francisco escapou da torcida. A auxiliar de enfermagem pendurou duas fotos do pontífice. Em uma delas, ele aparece com um colar verde e amarelo e, na outra, ao lado do estandarte nacional. “Vamos ser abençoados. Neymar vai fazer um, Fred, o outro, e Hulk, o terceiro”, aposta. Ela destaca o jogador do Fluminense como o homem-gol da Copa. Além do autógrafo do craque, ela reúne outras muitas assinaturas, como a de Zico, e só lamenta não ter conhecido Rivelino, a quem considera o jogador predileto. 

O aparelho de aferir pressão arterial envolvido na Bandeira Nacional (Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
O aparelho de aferir pressão arterial envolvido na Bandeira Nacional

Protesto


A mulher que se diz a torcedora nº 1 de Brasília não conseguiu comprar ingresso para a partida em Brasília, contra Camarões, em 23 de junho. 


Segundo ela, foram várias as tentativas pela internet até chegar ao ponto de pedir por um ingresso. “Mandei um e-mail para a Dilma, mas a resposta foi que estavam cortando despesas. Assim, me passaram para a CBF, que me passou para o governador, que também não resolveu. 

Mandei outro e-mail para o Ronaldo, e ele também não me deu atenção”, contou. Diante das negativas, Marilza se diz decepcionada. “Sinto felicidade por ser uma personagem do Brasil, e isso não é só o patriotismo em si, mas a solidariedade à bandeira. Mesmo assim, estou muito triste por não poder assistir ao jogo na nossa arena.” 

Caso não consiga a entrada, a auxiliar de enfermagem promete fazer o próprio protesto em frente ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

Sobre as manifestações, ela afirma: “Sou a favor de atos pacíficos. O Brasil precisa de ajuda. Mas nem por isso vou deixar de torcer pela Seleção. Espero, sim, que os estádios não se transformem em elefantes brancos. Eu não tenho do que reclamar, mas quantas pessoas estão morrendo nas porta dos hospitais?”.

A vizinhança apoia a paixão da torcedora, que tem uma das casas mais chamativas do condomínio e promete outras intervenções na estrutura. 


“Ela é o orgulho da gente. Sou patriota e concordo com a postura dela. Acho que essa paixão deveria ser nacional, independentemente dos protestos e das manifestações”, diz o segurança Eliziano Gomes, 34 anos.

 O pequeno Samuel de Oliveira, 4 anos, encontra em Marilza uma inspiração. No último aniversário do pequeno, o tema foi “Brasil”, e muitos dos enfeites foram cedidos pela vizinha apaixonada.

Curiosidades

» Marilza gastou aproximadamente R$ 2 mil em itens do Brasil para esta Copa do Mundo

» O telefone é amarelo, com uma bandeira do Brasil, e o toque do celular é o Hino Nacional

» O item com maior valor sentimental, segundo ela, é a camisa da Seleção usada na Copa do Mundo de 1994, torneio que considera o mais marcante

» Marilza esteve recentemente em um jogo promovido por Zico, no Maracanã, e conseguiu entrar na área VIP e ficar próximo ao ex-jogador

» Na cozinha da torcedora, além de copos personalizados, há um avental com a bandeira do Brasil

» Muitos dos itens que Marilza possui foram presentes dados por amigos e familiares. Uma vizinha a prometeu um papel higiênico verde 

» Ela conhece muitos jogadores, entre eles Pelé, Zico, Lúcio, Dida, Fred e Thiago Silva. Na foto desse último, ela pregou uma miniatura da taça 

» Embora confiante, a auxiliar de enfermagem teme por disputas contra as seleções da Alemanha e da Espanha 

» O Fusca, ano 1977, de Marilza, pintado durante a Copa das Confederações, pegou fogo recentemente, o que a fez trocar de carro. Hoje, possui um Gol amarelo

» Marilza gostou da escalação de Felipão, embora acredite que nesta Seleção não haja um jogador que carregue o time inteiro

» A torcedora jogava futebol ao lado do marido, e a neta, Maria Eduarda, 4 anos, seguirá os passos da avó. Será matriculada em uma escolinha de futebol.


Postado por Helio Borba 
do Blog do APOSENTADO INVOCADO

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